Wednesday 18 January 2012

Maputo e Matola: Chuva provoca caos

AS cidades do Maputo e da Matola pararam literalmente na manhã de ontem devido a intensa chuva acompanhada de ventos, que nalguns casos destruiu infra-estruturas e limitou a prestação de serviços básicos, transtornando os munícipes.

Maputo, Quarta-Feira, 18 de Janeiro de 2012:: Notícias

Se bem que a chuva já estava prevista pelos Serviços Meteorológicos, a forte descarga registada nas primeiras horas da manhã de ontem colheu de surpresa a muitos cidadãos.
Bem recebida pelos pequenos produtores dos bairros periféricos das duas cidades, a chuva iniciada na passada segunda-feira comprometeu muitas actividades dos munícipes nas duas cidades.
Com efeito, o serviço de transportes de passageiros ficou gravemente afectado, dificultando a mobilidade dos utentes, com particular destaque para os trabalhadores e estudantes dos ensinos Primário e Secundário Geral, que ontem, pela primeira vez, iam às aulas referentes ao presente ano lectivo.
Aliás, em vários estabelecimentos de ensino visitados pela nossa Reportagem as condições eram péssimas devido à infiltração de água nas salas de aulas e a formação de charcos nos recintos escolares.
Enquanto muitos chegaram tarde aos locais de trabalho, outros há que tiveram que regressar à casa devido à falta de “chapa-100” nas paragens. É o resultado da limitação do trânsito, com alguns autocarros dos TPM e da FEMATRO retidos nalguns pontos devido às águas, que nalgumas vias chegaram a atingir mais de um metro de altura.
Aliás, muitos troços ficaram bloqueados por alguns instantes na manhã de ontem, impedindo a circulação de viaturas. Foi o que se viveu, a título de exemplo, nas zonas entre a fábrica Coca-Cola e a Escola Secundária da Machava, no Fomento e o acesso ao bairro Khongolote a partir da Zona Verde.

Paralisação da actividade



O cenário foi o mesmo no centro da capital, onde algumas estradas estiveram temporariamente intransitáveis devido às fortes correntes de água, paralisando a actividade, sobretudo o comércio, na zona baixa da capital.
A Rua da Beira, no cruzamento com a Rua dos CFM, no bairro de Hulene, ficou afectada, obrigando os automobilistas a procurarem vias alternativas.
Os cruzamentos entre as avenidas 24 de Julho e Guerra Popular e entre a primeira e a Karl Marx a situação era simplesmente dramática, com viaturas ligeiras submersas e peões desesperados.
Nalgum momento na baixa da cidade a circulação era impossível. Os velhos problemas relacionados com dificuldades na drenagem das águas pluviais voltaram a se fazer sentir devido, ao que tudo indica, à falta de manutenção do sistema dos esgotos.
Nesta zona até os vendedores informais acabaram cedendo à “força da natureza”, abandonando os seus habituais pontos de negócio, onde só retornaram no período da tarde.
Em diversos bairros algumas habitações ficaram submersas e as famílias infortunadas tiveram que se lançar ao trabalho de escoar as águas do interior das suas residências, em detrimento de outras actividades.
A Reportagem do “Notícias” testemunhou, nalguns casos, iniciativas populares de limpeza de valas de drenagem para o seu melhor funcionamento e, por via disso, minimizar o sofrimento. Tais são os casos dos bairros Ferroviário das Mahotas, Hulene, Mahlazine, Mafalala, Chamanculo, 25 de Junho e George Dimitrov, este último mais conhecido por Benfica.

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