Wednesday 11 January 2012

Edilidade da capital decide ‘atacar’ a problemática da mobilidade

O Conselho Municipal da Cidade de Maputo (CMCM) prevê um aumento de espaços para o estacionamento de viaturas, durante o ano em curso, mercê da construção de silos em curso, que adicionar-se-ão aos cerca de nove mil espaços actualmente disponíveis na urbe.

O Presidente da urbe, David Simango, disse que o município tem vindo a licenciar projectos privados para a construção de edifícios mistos que incluem parques de estacionamento, 'como forma de contribuir para a mobilidade e estacionamento de viaturas'.
Simango referiu que uma das regras definidas no Plano de Estrutura Urbana é a obrigatoriedade de cada flat ter pelo menos um espaço de estacionamento, o que poderá ter um impacto no trânsito, sobretudo no capítulo do estacionamento.
'Para todas as novas construções de prédios é obrigatório que cada flat tenha um espaço de estacionamento, e esta é uma regra que nós não tínhamos na nossa cidade. Hoje, se o projecto não tiver um número de estacionamentos correspondente ao das flats que se edificam, não é aprovado', realçou.
O edil afirma ser necessário corrigir algumas práticas 'em que, por razões históricas, garagens foram transformadas em habitações, escritórios ou salões. Mas aceito que a quantidade de veículos na cidade tem vindo a aumentar a uma velocidade que não acompanha os investimentos que estão a ser feitos'.
Segundo o dirigente, para a questão da mobilidade e acessibilidade ao nível da cidade de Maputo são necessárias várias medidas, uma das quais é o estacionamento rotativo pago, que começou em 2011, na zona baixa da cidade e que de forma gradual vai atingindo outros pontos da urbe.
Em 2010, o CMCM, com o apoio da Coreia do Sul, fez um estudo sobre a mobilidade na cidade de Maputo, que indicou que as avenidas Eduardo Mondlane e 24 de Julho podem ser alargadas ainda mais, eliminando os passeios centrais que, na prática, são reserva de estrada, 'e, em alguns casos, os passeios laterais são muito grandes e também podem ser reduzidos'.
O estudo indicou igualmente ser necessário introduzir na cidade faixas exclusivas ou dedicadas ao transporte público urbano, incluindo privado, 'porque a falta de mobilidade tem a ver também com a anarquia que há nas estradas, pois, se um autocarro, por exemplo, parar, todas as viaturas que vão atrás não podem circular'.
'Esta é uma das principais medidas neste esforço que estamos a fazer para melhorar a mobilidade na nossa cidade', sublinhou o edil, anotando que o município está também a implementar 'o mecanismo de semáforo inteligente'.
Explicou que nos cruzamentos, dependendo do movimento do tráfego, o semáforo pode demorar mais tempo num lado ou noutro, para escoar mais rapidamente o tráfego, encontrando-se neste momento praticamente pronta a construção da sala de controlo.
Seguir-se-à depois o lançamento do concurso para a compra e montagem do equipamento necessário ao funcionamento do sistema, 'e eu penso que isso irá também contribuir para melhorar a questão do trânsito na nossa cidade'.
David Simango, sem entrar em detalhe, revelou que existe já uma proposta concreta sobre Metro de superfície para Maputo e Matola, incluindo Marracuene, no âmbito da ligação metropolitana entre as duas cidades.

(RM/AIM)

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