Ataques a bomba contra igrejas durante as celebrações de Natal mataram pelo menos 40 pessoas neste domingo na Nigéria, numa crescente onda de violência, reivindicada por um grupo islâmico.
A seita islamita Boko Haram assumiu a autoria do atentado contra uma igreja de Madalla, perto da capital, Abuja, que matou 35 pessoas, enquanto três novas explosões foram registadas em igrejas do país, uma delas na igreja evangélica da cidade de Jos (centro), na qual morreu um polícia que vigiava o templo, e em Damaturu, onde quatro pessoas morreram.
"Somos responsáveis por todos os ataques dos últimos dias, inclusive a bomba na igreja de Madalla", disse, em declarações por telefone, um porta-voz da Boko Haram, Abul Qaqa. "Continuaremos a lançar ataques como estes no norte do país nos próximos dias", advertiu a fonte.
Segundo o padre Christopher Bard, a explosão em Madalla aconteceu ao final da missa de Natal. O ministro do Interior, Caleb Olubolad, que visitou uma das igrejas atacadas, disse que "é como se ocorresse uma guerra interna no país". "Devemos estar realmente à altura e enfrentar a situação".
Na quinta e na sexta-feiras, confrontos entre o grupo, que promove a criação de um Estado islâmico na Nigéria, e forças de ordem no nordeste do país, causaram 100 mortos. Segundo o porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi, o ataque foi fruto de um "ódio cego e absurdo".
"O atentado contra a igreja na Nigéria, precisamente no dia de Natal, manifesta infelizmente mais uma vez um ódio cego e absurdo que não tem nenhum respeito pela vida humana", disse Lombardi, em declarações à imprensa, na Santa Sé.
Segundo Lombardi, o atentado contra uma igreja católica em Madalla "procura suscitar e alimentar ainda mais o ódio e a confusão". As declarações do porta-voz foram feitas antes de novos ataques na Nigéria: um em Jos (epicentro dos enfrentamentos intercomunitários, no centro do país), dois em Damaturu, na noite de sábado, e um terceiro em Gadaka, segundo várias testemunhas. Num dos ataques a Damaturu, quatro pessoas morreram, três agentes de segurança e um camicase, informaram os serviços secretos da polícia nigeriana (SSS) em comunicado.
Em Gadaka, "fiéis cristãos foram atacados numa igreja da cidade", afirmou um morador da cidade. "Uma bomba explodiu na igreja Mountain of Fire. Um polícia que vigiava a igreja morreu e um muro da igreja foi destruído", disse o porta-voz do governo do estado de Plateau, do qual Jos é a capital.
Segundo o porta-voz, o polícia morreu ao ser alvo de disparos durante a troca de tiros com os atacantes. De acordo com uma testemunha chamada Jude, os atacantes lançaram um explosivo contra a igreja evangélica da cidade.
"O alvo deles era a igreja, mas um dos polícias que patrulhava a área viu-os e atirou contra eles", contou a testemunha, acrescentando que os atacantes estavam armados e dispararam várias vezes antes de fugir. As forças de ordem teriam conseguido deter um dos terroristas.
Os três atentados ocorreram no estado de Yobe, alvo no fim de semana de uma onda de ataques praticados pela seita Boko Haram. O ministro nigeriano encarregado da polícia, Caleb Olubolade, disse que em Madalla ocorria uma "guerra".
"É como se tivesse sido iniciada uma guerra civil no país. Devemos estar à altura e enfrentar a situação", afirmou Olubolade. O aumento das tensões interreligiosas na Nigéria, sexto país do mundo em número de cristãos, inquieta o Vaticano.
Em novembro passado, durante a sua visita a Benin, o papa Bento XVI insistiu na tradição tolerante do Islão em África e na coexistência pacífica entre muçulmanos e cristãos.
Leia aqui : Seita islâmica Boko Haram ameaça estabilidade da Nigéria
RM
A seita islamita Boko Haram assumiu a autoria do atentado contra uma igreja de Madalla, perto da capital, Abuja, que matou 35 pessoas, enquanto três novas explosões foram registadas em igrejas do país, uma delas na igreja evangélica da cidade de Jos (centro), na qual morreu um polícia que vigiava o templo, e em Damaturu, onde quatro pessoas morreram.
"Somos responsáveis por todos os ataques dos últimos dias, inclusive a bomba na igreja de Madalla", disse, em declarações por telefone, um porta-voz da Boko Haram, Abul Qaqa. "Continuaremos a lançar ataques como estes no norte do país nos próximos dias", advertiu a fonte.
Segundo o padre Christopher Bard, a explosão em Madalla aconteceu ao final da missa de Natal. O ministro do Interior, Caleb Olubolad, que visitou uma das igrejas atacadas, disse que "é como se ocorresse uma guerra interna no país". "Devemos estar realmente à altura e enfrentar a situação".
Na quinta e na sexta-feiras, confrontos entre o grupo, que promove a criação de um Estado islâmico na Nigéria, e forças de ordem no nordeste do país, causaram 100 mortos. Segundo o porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi, o ataque foi fruto de um "ódio cego e absurdo".
"O atentado contra a igreja na Nigéria, precisamente no dia de Natal, manifesta infelizmente mais uma vez um ódio cego e absurdo que não tem nenhum respeito pela vida humana", disse Lombardi, em declarações à imprensa, na Santa Sé.
Segundo Lombardi, o atentado contra uma igreja católica em Madalla "procura suscitar e alimentar ainda mais o ódio e a confusão". As declarações do porta-voz foram feitas antes de novos ataques na Nigéria: um em Jos (epicentro dos enfrentamentos intercomunitários, no centro do país), dois em Damaturu, na noite de sábado, e um terceiro em Gadaka, segundo várias testemunhas. Num dos ataques a Damaturu, quatro pessoas morreram, três agentes de segurança e um camicase, informaram os serviços secretos da polícia nigeriana (SSS) em comunicado.
Em Gadaka, "fiéis cristãos foram atacados numa igreja da cidade", afirmou um morador da cidade. "Uma bomba explodiu na igreja Mountain of Fire. Um polícia que vigiava a igreja morreu e um muro da igreja foi destruído", disse o porta-voz do governo do estado de Plateau, do qual Jos é a capital.
Segundo o porta-voz, o polícia morreu ao ser alvo de disparos durante a troca de tiros com os atacantes. De acordo com uma testemunha chamada Jude, os atacantes lançaram um explosivo contra a igreja evangélica da cidade.
"O alvo deles era a igreja, mas um dos polícias que patrulhava a área viu-os e atirou contra eles", contou a testemunha, acrescentando que os atacantes estavam armados e dispararam várias vezes antes de fugir. As forças de ordem teriam conseguido deter um dos terroristas.
Os três atentados ocorreram no estado de Yobe, alvo no fim de semana de uma onda de ataques praticados pela seita Boko Haram. O ministro nigeriano encarregado da polícia, Caleb Olubolade, disse que em Madalla ocorria uma "guerra".
"É como se tivesse sido iniciada uma guerra civil no país. Devemos estar à altura e enfrentar a situação", afirmou Olubolade. O aumento das tensões interreligiosas na Nigéria, sexto país do mundo em número de cristãos, inquieta o Vaticano.
Em novembro passado, durante a sua visita a Benin, o papa Bento XVI insistiu na tradição tolerante do Islão em África e na coexistência pacífica entre muçulmanos e cristãos.
Leia aqui : Seita islâmica Boko Haram ameaça estabilidade da Nigéria
RM
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