Moçambique tenciona aumentar em 80 por cento a quantidade de castanha de caju comercializada no país até a campanha agrícola 2019/2020.
O Plano Director do Caju 2011/2020 prevê que a quantidade de castanha comercializada no país aumente das actuais cerca de 100 mil toneladas ano para 180 mil toneladas até àquela campanha agrícola, segundo indica um comunicado de imprensa do Instituto de Fomento do Caju (INCAJU).
Igualmente, o sector pretende aumentar a quantidade de castanha processada pela indústria nacional, passando das actuais 30 mil toneladas para 100 mil.
Dentre vários impactos, esse crescimento irá aumentar o número de pessoas com emprego na indústria de processamento do caju, podendo passar dos actuais oito mil trabalhadores para mais de 35 mil.
O comunicado daquela instituição subordinada ao Ministério da Agricultura (MINAG) indica que o Plano Director do Caju 2011/2020 será matéria de divulgação numa conferência a ter lugar em Maputo na próxima Segunda-feira.
Neste encontro será apresentas as principais opções estratégicas e operacionais do subsector do caju durante o período coberto pelo Plano Director (10 anos) bem como as necessidades de investimento para os próximos quatro anos.
Este plano constitui um esforço visando reerguer a produção e processamento de caju em Moçambique. Na década de 1970, o país chegou a ser o maior produtor de castanha de caju ao nível mundial, ao atingir uma comercialização recorde de mais de 200 mil toneladas.
Contudo, a produção nacional foi regredindo ao longo do tempo devido a vários factores, incluindo a guerra dos 16 anos que tornou difícil o tratamento dos cajueiros, a prevalência de pragas, envelhecimento das árvores e falta da sua reposição.
Estes factores associados ao seguimento das imposições do Banco Mundial de exportação da castanha em bruto resultaram no colapso quase total da indústria nacional, empurrando-se milhares de trabalhadores ao desemprego.
(RM/AIM)
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