Saturday 24 December 2011

Agitação nas estradas na véspera do Natal


A cidade do Maputo voltou ontem a registar os piores engarrafamentos da sua história facto aliado ao crescimento do parque automóvel e sobretudo a desorganização na hora de saída dos postos de trabalho, uma vez decretada tolerância de ponto.

Maputo, Sábado, 24 de Dezembro de 2011:: Notícias

Trata-se de uma situação que, aliás, já não surpreende particularmente na quadra natalícia e do Fim-do-Ano. A pressa de chegar a casa fez com que todos se fizessem à estrada ao mesmo tempo, gerando, por isso, uma desordem nas estradas onde já não se respeitava os semáforos nem a prioridade.
A maioria das instituições abriu a tempo e horas, mas na hora do fecho a maioria das pessoas já lá não estava, mas sim na rua a tentar a todo o custo chegar à casa. As instituições funcionaram na sua maioria a meio-gás e muitos postos foram desactivados mesmo antes da hora proclamada para a tolerância.
O resultado é que a partir das onze horas, sensivelmente, a maior parte das artérias do centro da cidade já estavam entupidas. O esforço feito pelas autoridades reguladoras de trânsito para pôr ordem à situação resultou infrutífero. Só o tempo é que se encarregou de resolver.
Foram perto de três horas de longas e cansativas filas nas estradas, particularmente em avenidas como 25 de Setembro, Guerra Popular, Vladimir Lénine, Eduardo Mondlane, Karl Marx, entre outras. Nem as vias de sentido único emprestaram a necessária valia. O facto é que estas, regra geral, desaguam em estradas onde já o tráfego não fluía.
Os engarrafamentos vividos no centro da urbe depois propagaram-se para a periferia. A título de exemplo, no prolongamento da Vladmir Lénine a confusão era tal que a dada altura os automobilistas recorreram mesmo a palavras injuriosas contra outros a quem culpavam pela situação. Os “chapeiro”, com toda a naturalidade continuavam a fazer gincanas complicando ainda mais o cenário. Na “Acordos de Lusaka” o engarrafamento não foi menos crítico.
Na “Eduardo Mondlane”, no município da Matola, a nossa Reportagem viu um engarrafamento que partia do “Nó da Machava” até ao semáforo junto ao Estádio da Machava. A situação agravou-se pelo facto de o semáforo estar avariado na circunstância e não ter sido posicionado ali nenhum agente regulador de trânsito. Esta situação acabou afectando igualmente o troço de estrada que liga a zona da Cadeia Central e o Benfica em que a marcha era bastante lenta.
A intervenção da Polícia na principal estrada do país, a EN1, permitiu que o tráfego fluísse sem grandes constrangimentos salvo um pequeno embaraço e efémero junto à terminal de “George Dimitrov”, vulgo Benfica.
A azáfama dos preparativos acabou afectando outro segmento de serviços, nomeadamente os bancos, com pessoas a tentarem levantar dinheiro, tanto pelo sistema das caixas automáticas (ATM), como pelo balcão, para enfrentar o mercado como para outros fins.
Pudemos verificar em quase todas as dependências espalhadas pela cidade e pelos bairros periféricos, filas enormes de pessoas que pretendiam levantar dinheiro nas caixas automáticas.
Para não fugir à regra a especulação também tomou conta dos transportes, particularmente os interprovinciais. Enquanto que ao nível da urbe multiplicavam-se os encurtamentos, na terminal da Junta a lufa-lufa dos viajantes foi aproveitada num cenário de convivência entre oportunistas e meliantes. As vítimas regra geral são os cidadãos incautos em particular os mineiros para quem o principal interesse é chegar a casa.
Os passageiros são sujeitos a todos os abusos perpetrados pelos cobradores e a terem que viajar em condições bastante deploráveis como é o caso do recurso a viaturas de caixa aberta.

PR saúda cristãos pela festa do Natal. Leia aqui.


Festa da Família no meio da contenção de despesas. Leia aqui.


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