EXISTEM certos rostos que se esforçam em limpar a imagem de Mohamed Bachir Suleman das acusações que sobre ele recaem, anunciadas pelas autoridades norte- -americanas.
São caras sobejamente conhecidas, mais preocupadas numa análise horizontal, superficial, que não ajudam o acusado, muito menos a globalidade dos moçambicanos.
As autoridades norte-americanas tomaram a iniciativa de criar condições logísticas para, entre outras coisas, garantirem que não dispõem de nenhuma prova que sustente as acusações que insistem em apontar contra o empresário moçambicano. Não foi o contrário. Adam Szubin veio a público contar o que contou nesta quarta- -feira, atravez de um vídeo-conferência, por iniciativa própria.
Também foi sem favores que Adam Szubin sugeriu Mohamed Bachir Suleman, atravez da Comunicação, que encetasse uma acção judicial contra o Estado norte-americano, exactamente porque eles, os norteamericanos, não têm reunidas provas contra o empresário moçambicano.
Então em que factos os tipos se apoiam para acusar Bachir? Eles dizem-se seguros de que Mohamed Bachir Suleman é um barão da droga, e se apoiam unicamente em evidências.
Evidências essas que não têm nenhum valor jurídico junto dos tribunais, mas sim na administração e no cívil.
Aquí surge a contradição. Por cá, sem que se tenha reunida uma série de provas, nenhuma acusação tem validade. Por isso, os supostos criminosos andam à solta. Os suficientemente espertos, praticam uma série de crimes mas nunca são levados à barra dos tribunais, porque tratam de limpar as marcas do crime. As evidências não têm um tratamento específico que puna os infractores.
Pelo que nos tem dado a perceber, nos Estados Unidos da América não é bem assim. Lá, as evidências de práticas criminais têm, sim, um tratamento especial que leva ao que hoje estámos a presenciar.
Se calhar alguém estivesse convencido de ver desfilados camiões- cavalo trazendo na boleia
toneladas de contentores cheios de marijuana, cocaína e de haxixe, mas nada disso houve. Foi, realmente, uma enorme decepção o que se assistiu nos Serviços Culturais da Embaixada dos Estados Unidos da América, em Maputo, nesta quarta-feira. Mas eles funcionam desse jeito.
Esta casa tem a sensação, no entanto, de que, manhosos, os americanos estejam a esconder
alguma coisa. Que Adam Szubin não tenha tirado cá para fora alguns detalhes que talvez ajudem a esclarecer o imbróglio.
Por isso, se calhar não fosse oportuno que se andasse por aí a lançar foguetes a torto e a direito. Há que desconfiar desta gente.
Nas suas primeiras declarações, Mohamed Bachir Suleman pediu o apoio dos jornalistas moçambicanos, normal nestas situações.
Mas não é atravez de um discurso desfazado e altamente proteccionista que se pode ajudar o
Expresso, citado no Diário de um Sociólogo
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