Nampula (Canalmoz) – O presidente do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), Daviz Mbepo Simango, encontra-se desde ontem, segunda-feira, a efectuar uma visita de trabalho à província de Nampula, onde programa deslocar-se a todos os 21 distritos da província. Ainda no aeroporto, onde foi recebido por inúmeros jornalistas, Daviz Simango falou do discurso do Partido Frelimo do momento sobre a “geração da viragem” e teceu críticas não só contra este “slogan”, mas também contra a circulação da “chama da unidade”. Simango disse que o objectivo da sua deslocação ao maior círculo eleitoral do país é o acompanhamento das actividades levadas a cabo pela delegação política provincial do partido que dirige e o acompanhamento das actividades empreendidas para a melhoria das condições de vida dos mais de quatro milhões de habitantes de Nampula. Para Daviz Mbepo Simango, o partido que dirige encontra-se actualmente numa fase bastante saudável, reconhecendo ele que “está em falta o reforço das bases, o que passa necessariamente pela sua reorganização”. Daviz Simango entende que agora é o momento do MDM de se afirmar como um partido que está veementemente interessado em melhorar a vida de milhões de moçambicanos, e que é necessário corrigir os erros cometidos pelas correrias que foram ditadas pelo período eleitoral que coincidiu com a criação do Movimento Democrático de Moçambique.
“Geração da Viragem”
Depois de falar sobre o MDM, Simango virou-se contra a “viragem”, referindo que não existe nenhuma “geração da viragem”, pois todas as gerações que se diz terem aparecido no país são de “viragem”, desde os jovens que se uniram para lutar pela Independência Nacional, e questiona: “Viragem de quê? E as outras fazem parte de que geração?”. Simango disse que “não pode ser um partido a ditar a história de todo um povo”. Com esta afirmação, Daviz Simango põe em evidência que o partido Frelimo tem procurado forçar a história dos moçambicanos e moldá-la a seu bel prazer.
“Chama da unidade”
“Estamos a gastar muito dinheiro com isso” – afirma o terceiro candidato mais votado das últimas presidenciais. “A ‘chama da unidade’ não une nenhum povo”. “O povo deve criar a sua própria identidade, como, por exemplo, a dispartidarização do aparelho do Estado”. Simango considera que são necessários actos humanos para desenvolver e unir o povo moçambicano, e não o contrário, como é característico do dia-a-dia dos moçambicanos, nos tempos que correm. (Aunício da Silva, CANALMOZ, 15/06/10)
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