Líder da RENAMO considera razoáveis as acusações de barão da droga feitas ao empresário moçambicano Mohamed Bachir
Afonso Dhlakama, líder da RENAMO, maior partido da oposição em Moçambique, admite a existência no país de campos de treino para terroristas e critica a “incapacidade” dos serviços de segurança do Estado.
Falando aos jornalistas em Nampula, norte de Moçambique, Afonso Dhlakama disse estar muito preocupado com a hipótese de haver campos de treino para terroristas no país e apelou às autoridades para intensificarem a investigação.
A existência de três campos de treino para terroristas em Moçambique (nas províncias de Tete e Nampula), da Al-Qaida e da Al-Shabaab, foi noticiada pelo jornal sul-africano Sunday Times, com base num relatório entregue pela Fundação NEFA ao Congresso norte-americano.
Comentando a notícia, o líder da RENAMO disse que a movimentação de estrangeiros em Moçambique, sem qualquer controlo, pode estar na origem dessa eventual presença no país de terroristas.
Esta possibilidade, além de constituir uma ameaça cria descrédito e mina o desenvolvimento socioeconómico do país, no entender de Afonso Dhlakama.
“Em Moçambique há muitos estrangeiros que circulam à vontade. Eu não quero acreditar nas informações segundo as quais as fronteiras são vulneráveis, que não têm proteção, não é nada disso. O país pode ter fronteiras cerradas mas se o regime quer apoiar terroristas apoia na mesma”, observou Afonso Dlhakama.
E acrescentou que “um terrorista não entra num país de forma ilegal mas sim com o conhecimento dos serviços secretos”.
O caso Mohamed Bachir
Em relação ao caso de Mohamed Bachir, cidadão moçambicano acusado de ser um "barão da droga" pelos EUA, Afonso Dlhakama admitiu que os norte-americanos podem ter razão e que pode haver de facto um envolvimento da empresa MBS (que pertence a Bachir) no tráfico de drogas.
O líder da RENAMO considerou a MBS um “comité central da FRELIMO”, o partido no Governo. A MBS não paga taxas ao Estado moçambicano, por se tratar de uma empresa que presta apoio ao partido no poder, disse.
O empresário moçambicano acusado pelos EUA de ser um “barão da droga” é conhecido pela sua generosidade para com o partido no poder em Moçambique, a FRELIMO, ao qual já ofereceu dinheiro publicamente em iniciativas de angariação de fundos.
Mohamed Bachir Suleman é citado num relatório enviado pelo Presidente Barack Obama a várias instituições do Estado norte-americano, incluindo senado, congresso e serviços de segurança, como “um barão da droga”, no âmbito da lista anual do governo norte-americano, elaborada ao abrigo da Lei dos Barões da Droga.
“Em conformidade com a Lei dos Barões da Droga, o Gabinete de Controlo de Bens Estrangeiros do Departamento do Tesouro (OFAC) designou o Grupo MBS Limitada, Grupo MBS – Kayum Centre, e o Maputo Shopping Centre como Traficantes de Narcóticos Especialmente Designados, devido ao facto de serem da propriedade de Mohamed Bachir Suleman ou estarem sob o seu controlo”, refere um comunicado divulgado terça-feira na página da Internet da Casa Branca -http://www.whitehouse.gov/briefing-room/statements-and-releases, também distribuída pela embaixada dos Estados Unidos em Maputo.
Em Moçambique, principalmente em Maputo, onde tem o seu império empresarial, incluindo o mais moderno hipermercado do país, o Maputo Shopping Centre, avaliado em cerca de 28 milhões de euros, Mohamed Bachir Suleman é considerado o maior mecenas da FRELIMO.
Num leilão para angariação de fundos para o partido, o empresário arrematou por 24 mil euros o cachimbo que o actual chefe de Estado moçambicano, Armando Guebuza, na altura candidato presidencial da FRELIMO, usou quando ainda fumava.
Para forte ovação dos convivas desse jantar de angariação de fundos, Mohamed Bachir virou-se para Maria da Luz Guebuza, oferecendo-lhe a caneta do marido.
O mesmo gesto foi repetido alguns anos depois, em mais um evento de angariação de fundos para a FRELIMO, quando o empresário deu à mulher do Presidente a caneta que Armando Guebuza usou na assinatura do Acordo Geral de Paz em Roma e a qual Mohamed Bachir também arrematou por 24 mil euros.
A afinidade com o partido no poder está patente no Maputo Shopping Centre, que batizou um dos seus pátios com o nome Guebuza´s Square.
Na campanha para as eleições gerais de 2009, Mohamed Bachir mandou colocar em grande plano imagens de Armando Guebuza nas fachadas do centro comercial. Alguns classificaram o gesto como de mau gosto, por fazer lembrar um culto de imagem, como a verificada na China no tempo de Mao Tse Tung.
Mas não são só os adultos da FRELIMO que conhecem a generosidade de Mohamed Momad Bachir. No Natal do ano passado, a pequenada da capital foi agrupada no Maputo Shopping Centre para ver o Pai Natal descer de um helicóptero alugado pelo empresário e receber presentes.
Afonso Dhlakama, líder da RENAMO, maior partido da oposição em Moçambique, admite a existência no país de campos de treino para terroristas e critica a “incapacidade” dos serviços de segurança do Estado.
Falando aos jornalistas em Nampula, norte de Moçambique, Afonso Dhlakama disse estar muito preocupado com a hipótese de haver campos de treino para terroristas no país e apelou às autoridades para intensificarem a investigação.
A existência de três campos de treino para terroristas em Moçambique (nas províncias de Tete e Nampula), da Al-Qaida e da Al-Shabaab, foi noticiada pelo jornal sul-africano Sunday Times, com base num relatório entregue pela Fundação NEFA ao Congresso norte-americano.
Comentando a notícia, o líder da RENAMO disse que a movimentação de estrangeiros em Moçambique, sem qualquer controlo, pode estar na origem dessa eventual presença no país de terroristas.
Esta possibilidade, além de constituir uma ameaça cria descrédito e mina o desenvolvimento socioeconómico do país, no entender de Afonso Dhlakama.
“Em Moçambique há muitos estrangeiros que circulam à vontade. Eu não quero acreditar nas informações segundo as quais as fronteiras são vulneráveis, que não têm proteção, não é nada disso. O país pode ter fronteiras cerradas mas se o regime quer apoiar terroristas apoia na mesma”, observou Afonso Dlhakama.
E acrescentou que “um terrorista não entra num país de forma ilegal mas sim com o conhecimento dos serviços secretos”.
O caso Mohamed Bachir
Em relação ao caso de Mohamed Bachir, cidadão moçambicano acusado de ser um "barão da droga" pelos EUA, Afonso Dlhakama admitiu que os norte-americanos podem ter razão e que pode haver de facto um envolvimento da empresa MBS (que pertence a Bachir) no tráfico de drogas.
O líder da RENAMO considerou a MBS um “comité central da FRELIMO”, o partido no Governo. A MBS não paga taxas ao Estado moçambicano, por se tratar de uma empresa que presta apoio ao partido no poder, disse.
O empresário moçambicano acusado pelos EUA de ser um “barão da droga” é conhecido pela sua generosidade para com o partido no poder em Moçambique, a FRELIMO, ao qual já ofereceu dinheiro publicamente em iniciativas de angariação de fundos.
Mohamed Bachir Suleman é citado num relatório enviado pelo Presidente Barack Obama a várias instituições do Estado norte-americano, incluindo senado, congresso e serviços de segurança, como “um barão da droga”, no âmbito da lista anual do governo norte-americano, elaborada ao abrigo da Lei dos Barões da Droga.
“Em conformidade com a Lei dos Barões da Droga, o Gabinete de Controlo de Bens Estrangeiros do Departamento do Tesouro (OFAC) designou o Grupo MBS Limitada, Grupo MBS – Kayum Centre, e o Maputo Shopping Centre como Traficantes de Narcóticos Especialmente Designados, devido ao facto de serem da propriedade de Mohamed Bachir Suleman ou estarem sob o seu controlo”, refere um comunicado divulgado terça-feira na página da Internet da Casa Branca -http://www.whitehouse.gov/briefing-room/statements-and-releases, também distribuída pela embaixada dos Estados Unidos em Maputo.
Em Moçambique, principalmente em Maputo, onde tem o seu império empresarial, incluindo o mais moderno hipermercado do país, o Maputo Shopping Centre, avaliado em cerca de 28 milhões de euros, Mohamed Bachir Suleman é considerado o maior mecenas da FRELIMO.
Num leilão para angariação de fundos para o partido, o empresário arrematou por 24 mil euros o cachimbo que o actual chefe de Estado moçambicano, Armando Guebuza, na altura candidato presidencial da FRELIMO, usou quando ainda fumava.
Para forte ovação dos convivas desse jantar de angariação de fundos, Mohamed Bachir virou-se para Maria da Luz Guebuza, oferecendo-lhe a caneta do marido.
O mesmo gesto foi repetido alguns anos depois, em mais um evento de angariação de fundos para a FRELIMO, quando o empresário deu à mulher do Presidente a caneta que Armando Guebuza usou na assinatura do Acordo Geral de Paz em Roma e a qual Mohamed Bachir também arrematou por 24 mil euros.
A afinidade com o partido no poder está patente no Maputo Shopping Centre, que batizou um dos seus pátios com o nome Guebuza´s Square.
Na campanha para as eleições gerais de 2009, Mohamed Bachir mandou colocar em grande plano imagens de Armando Guebuza nas fachadas do centro comercial. Alguns classificaram o gesto como de mau gosto, por fazer lembrar um culto de imagem, como a verificada na China no tempo de Mao Tse Tung.
Mas não são só os adultos da FRELIMO que conhecem a generosidade de Mohamed Momad Bachir. No Natal do ano passado, a pequenada da capital foi agrupada no Maputo Shopping Centre para ver o Pai Natal descer de um helicóptero alugado pelo empresário e receber presentes.
FONTE: Notícias Lusófonas
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