Bachir: fumos e fogos
Porque já muito foi sobre isso dito e escrito, não vou recordar aqui o que aconteceu, quando semanas atrás, os Estados Unidos citaram um dos mais conhecidos empresários moçambicanos por alegado narcotráfico. Chama-se, se disso o leitor necessitar de ser lembrado, Momed Bachir Sulemane, cujo império dista hoje anos luz do gatinhar commercial com que se lançou como empresário há
tempos lançado em Nampula. Como disse, não vou recordar o que aconteceu, as reacções do visado, media e analistas e a (des)conferência que em nada acrescentou ao primeiro anúncio. Prefiro recordar , isso sim, que não é,lamentavelmente, novidade que Moçambique apareça no centro de alegações relacionadas com o narcotráfico internacional . Disso encarregaram-se relatórios e descobertas fantásticas de fabricas, fabriquetas, 'peixe miúdo' mas nunca os donos, os chefes, os barões e os que mandam, os que matam - porque droga, ainda que não sendo SIDA, mata. Imenso. Prefiro recordar que pouco tem sido feito face a tais estórias e estorietas - há até quem fale de droga encontrada no interior de equipamento audio-visual - pouco se fez, como sabiamente apontam Paul Fauvet, da Agência de Informação de Moçambique, Marcelo Mosse, do Centro de Integridade Pública, e o empresário e analista Amade Camal , ent re outros. Pelo contrário. Sem grandes sofisticações, com um atrevimento a arranhar o obsceno até, as redes de narcot ráf ico internacionais vão consolidando o ínfame estatuto de 'entreposto' atribuído ao nosso país. Basta a este propósito lêr o estudo do jornalista Luis Nhachote. Assim, para muitos o melhor é assobiar para o lado. Ou porque os bolsos falam mais alto, ou por saberem que para já a luta afigura-se inglória. Especialmente quando já jazem por aí muitos heróis mortos. E enterrados. Sem direito a salva de canhões!
Continua aincomodar -me , sobremaneira a maneira, infeliz e condenável, como conseguimos não tirar partido do Mundial de Futebol, que, desde semana passada, decorre mesmo aqui no
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