Saturday 14 November 2009

Quebrámos bipolarização – líder do MDM, Daviz Simango

O LÍDER do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), Daviz Simango, considera que as quartas eleições presidenciais e legislativas marcaram significativamente o povo moçambicano com a entrada da sua formação política na Assembleia da República, quebrando, desta forma, a bipolarização naquele órgão legislador dominado pela Frelimo e pela Renamo.
Os resultados oficiais deste sufrágio divulgados esta semana pela Comissão Nacional de Eleições (CNE) indicam que dos 250 assentos da Assembleia da República para um período de cinco anos, 191 serão ocupados pela Frelimo, 51 pela Renamo e oito pelo MDM.
“Quebrámos a bipolarização na AR em apenas seis meses de existência mesmo amputados. Saímos deste pleito eleitoral com uma mensagem clara do eleitorado e perante a experiência que acabámos de viver (...) agradecemos a todos os que já entraram nesta grande marcha rumo a um Moçambique para todos”- defendeu Simango, falando a jornalistas na Beira.
Sublinhou que o manifesto eleitoral do MDM apresentado aos moçambicanos demonstrou o cometimento deste partido com a nação, apresentando soluções aos problemas que afectam a maioria do povo. Indicou que tal projecto de governação tinha pilares assentes numa visão de Moçambique para todos, “o que iremos defender, promover e influenciar nos próximos cinco anos na nossa contribuição consciente”- prometeu.
O MDM participou nestas eleições presidenciais, legislativas e provinciais seis meses após a sua fundação, o que, conforme o seu líder, contrariou as vozes que tentaram dissuadi-lo a não constituir o partido. No seu entender, os resultados alcançados mostram que a sociedade moçambicana deseja e precisa de uma força política alternativa que responda aos seus anseios.
“Os resultados eleitorais não deixam dúvidas. Se estas eleições tivessem tido um árbitro que não excluísse o MDM de concorrer em pé de igualdade com os partidos que têm representação na CNE, este partido e o seu candidato presidencial teriam um resultado totalmente diferente”.
Durante o processo eleitoral disse terem-se verificado constrangimentos criados pela CNE e pelo Conselho Constitucional cuja actuação considerou ter cortado os pilares dum Estado de Direito e da Democracia, supostamente agindo de forma não transparente e ao serviço duma agenda partidária e recusando a milhares de moçambicanos o direito de livre escolha e sonegando a vontade dos eleitores.


Notícias, 14/11/09

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