Tuesday 3 November 2009

Dados globais projectam abstenção na casa dos 60 por cento

(Maputo) Os números que vem sendo divulgados pelos órgãos eleitorais continuam a dar clara vitória a Frelimo e ao seu candidato presidencial, Armando Guebuza.
Com um total de 2.425.678 votos, o correspondente a 76.9 por cento dos votos considerados válidos, o candidato da Frelimo vai a frente da contagem, enquanto que Afonso Dhlakama com 443.190 (14por cento) está na segunda posição.
Quanto mais a contagem desce para os distritos recônditos do país ou áreas rurais, a percentagem do desempenho do candidato do Movimento Democrático de Moçambique, Daviz Simango, vai reduzindo. Facilmente se pode perceber que Daviz Simango foi mais votado por eleitores letrados e a residir nas principais e mais importantes cidades moçambicanas. Assim, depois de na primeira contagem, Daviz Simango ter-se apresentado na segunda posição, actualmente, é o último com cerca de 9 por cento dos votos, o correspondente a 283.331.
No que, às abstenções diz respeito, os últimos números começam a dar uma imagem mais próxima dos níveis dos eleitores que, pura e simplesmente não foram votar.
Com o registo de 9.871.949 eleitores e já com o apuramento das 12 694 mesas de votação na ordem dos 77 por cento, facilmente se pode projectar uma abstenção que pode alcançar os 60 por cento. É que, até ao momento, foram contabilizados cerca de três milhões e trezentos mil eleitores e, no fim, o número de votantes não poderá passar muito dos 4 milhões. Para analistas, com o registo de cerca de 10 milhões eleitores e com votação de apenas 4 milhões, está-se cada vez mais a eleger-se presidentes menos queridos pela população ou presidentes ilegítimos.


(MEDIAFAX,02/11/09)

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