Wednesday 25 November 2009

Conferência Episcopal aponta irregularidades nas eleições

A Conferência Episcopal de Moçambique con­sidera que as eleições gerais de 28 de Outubro foram marcadas por “irregularidades em muitos lugares”, mas que o período eleitoral decorreu em “ambiente de boa ordem, res­peito mútuo e sem violência”.
“O período eleitoral correu em ambiente de boa ordem, respeito mútuo e sem violên­cias. Por isso, louvamos o nos­so povo e os organizadores da campanha e do acto eleitoral”, referem os bispos católicos de Moçambique em comunicado ontem enviado à Lusa.
Nas quartas eleições presi­denciais, legislativas, e as pri­meiras provinciais, realizadas em 28 de Outubro, Armando Guebuza e o partido Frelimo venceram o escrutínio, com 76 por cento dos votos, seguidos de Afonso Dhlakama e da Re­namo, com 16 por cento.
O edil da Beira, Daviz Si­mango, e o Movimento De­mocrático de Moçambique (MDM) posicionaram-se no terceiro lugar, depois de te­rem alcançado oito por cento dos votos nas eleições em que participaram 4.3 milhões de eleitores.
“Apesar dos resultados finais serem evidentes e indiscutí­veis, lamentamos que as garan­tias para “eleições livres, justas e transparentes” tenham sido frustradas em muitos lugares por irregularidades que não ajudam a boa formação polí­tica do nosso povo”, afirmam os bispos católicos de Moçam­bique.
A Renamo e o MDM rejeita­ram, de imediato, os resulta­dos das eleições que deram a vitória à Frelimo e a Armando Guebuza, alegando fraude.
A Conferência Episcopal de Moçambique apela, no entan­to, aos moçambicanos a con­tinuarem “a trabalhar pelo crescimento da consciência da cidadania e pela responsabili­dade social e política de cada cidadão”.


( O País, 24/11/09 )

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