Tuesday, 13 September 2011

Parceiros da cooperação: Crescimento económico deve reflectir-se na melhoria das condições de vida dos cidadãos

O grupo de parceiros que apoia directamente o Orçamento do Estado moçambicano poderá desembolsar entre 700 e 800 milhões de dólares para o ano de 2012. Num encontro havido fim-de-semana em Inhambane, os representantes do G19 mais os embaixadores dos países que apoiam os programas sectoriais, não asseguraram valores definitivos, mas comprometem-se a continuar a apoiar o país.
Segundo o jornal Notícias, os embaixadores do chamado G19 manifestaram o desejos em ver o impacto do actual crescimento económico a reflectir-se na melhoria das condições de vida dos cidadãos.
A concretizar-se, o valor a ser desembolsado em 2012 representará, no mínimo, a manutenção da média dos apoios disponibilizados pelos doadores nos últimos cinco anos.
Em declarações ao Notícias, o Ministro da Planificação e Desenvolvimento, Aiuba Cuereneia, explicou que a manutenção dos valores deriva do facto de existir entre o Governo e os parceiros um memorando de entendimento no qual grande parte dos indicadores estabelecidos está a ser cumprida.
O retiro de Inhambane visava, entre vários pontos, alinhavar os procedimentos, tendo em conta a crise económica internacional.
Para além do ministro da Planificação e Desenvolvimento, o retiro contou com a presença dos representantes do G19 mais países como Japão, Brasil, Estados Unidos da América e do Sistema das Nações Unidas.
O embaixador do Canadá, Alain Latulippe, que preside a troika do G19, reiterou ser necessário que os resultados dos progressos que o país atinge sejam repartidos equitativamente por forma a evitar desequilíbrios no modo de vida de todos os moçambicanos.
“Os resultados que são alcançados graças ao desempenho positivo da economia nacional devem ser repartidos por maior número possível de moçambicanos”, disse Alain Latulippe, assegurando que os países que alocam fundos para reforçar o Orçamento do Estado continuarão a apoiar os esforços em curso no país rumo ao combate à pobreza.
Reconhecendo que existem resultados positivos nessa luta, o diplomata canadiano admitiu que a crise financeira internacional que abala o mundo inteiro poderá interferir no volume dos financiamentos externos nos próximos tempos, pois a economia mundial no seu todo está a conhecer momentos menos bons.
O diplomata canadiano não afasta, todavia, a possibilidade de se verificar no próximo ano uma redução da ajuda financeira externa como consequência dos reflexos da crise financeira internacional.
“Até finais do próximo mês estaremos em condições de anunciar o posicionamento real de cada país e saberemos qual será o apoio que cada um poderá desembolsar para a continuidade dos projectos de desenvolvimento em Moçambique”, disse, acrescentando que o encontro de Inhambane tinha em vista a consolidação da estratégia de coordenação dos vários países.

Radio Moçambique

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