Elias Samo Gudo, da AIM, em Nova Iorque
O dossier sobre a Hidroeléctrica de Cabora Bassa (HCB) poderá ser concluído durante a próxima Cimeira bilateral Portugal/Moçambique, disse Quinta-feira última, em Nova Iorque, o Primeiro-Ministro português, Pedro Passos Coelho.
A cimeira deverá ocorrer ainda este ano na capital portuguesa, Lisboa.
Passos Coelho falava a imprensa moçambicana, no término de uma audiência que lhe foi concedida pelo Presidente Armando Guebuza a margem da 66/a Sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas.
“Estamos a preparar uma resolução para a participação que Portugal ainda dispõe na Hidroeléctrica de Cahora Bassa”, afirmou Passos Coelho, acrescentando que “essa será, com certeza, uma das matérias que teremos oportunidade de aprofundar e de concluir no âmbito da nossa cimeira bilateral”.
A venda da participação de 15 por cento que o Estado português ainda detém na HCB sofreu vários atrasos, uma situação que, segundo a imprensa portuguesa, deve-se ao facto de ambas as partes não terem chegado a um consenso sobre o valor do activo.
Em 2006, Portugal passou 67 por cento do capital desta barragem ao Estado moçambicano, reduzindo as acções daquele país europeu para 15 por cento.
Por outro lado, comentando sobre o encontro mantido com o estadista moçambicano, Passos Coelho disse que o mesmo foi muito positivo.
“Em primeiro lugar porque foi a primeira vez que, na qualidade de Primeiro-Ministro, me encontrei com o Presidente Guebuza e, segundo, porque tínhamos várias matérias por ultimar, nomeadamente a data para a realização da nossa cimeira anual que vai ocorrer em Lisboa este ano”, afirmou o Chefe do Executivo português.
Naquela mesma ocasião, Passos Coelho disse esperar contar, “no final de Novembro próximo, com a disponibilidade do governo de Moçambique para podermos justamente realizar a cimeira”.
Durante o breve encontro, entre ambos, passou-se em revista os principais tópicos bilaterais, quer no âmbito da CPLP, quer no âmbito dos dois países.
Questionado se a crise económica que se abateu sobre o seu país não seria um entrave ao investimento português em Moçambique, Passos Coelho respondeu que “com a crise que Portugal está a atravessar, Moçambique continua a ser uma grande prioridade para Portugal”.
Para sustentar os seus argumentos, Passos Coelho disse que Portugal precisa de aumentar as suas exportações num relacionamento mais intenso fora da Europa, que deverá começar pelos países falantes do português.
“Temos com Moçambique uma balança que só pode crescer. Espero que esse relacionamento entre Portugal e Moçambique possa ainda tornar-se mais forte no quadro da CPLP”, disse Passos Coelho.
(RM/AIM) - Leia aqui!
O dossier sobre a Hidroeléctrica de Cabora Bassa (HCB) poderá ser concluído durante a próxima Cimeira bilateral Portugal/Moçambique, disse Quinta-feira última, em Nova Iorque, o Primeiro-Ministro português, Pedro Passos Coelho.
A cimeira deverá ocorrer ainda este ano na capital portuguesa, Lisboa.
Passos Coelho falava a imprensa moçambicana, no término de uma audiência que lhe foi concedida pelo Presidente Armando Guebuza a margem da 66/a Sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas.
“Estamos a preparar uma resolução para a participação que Portugal ainda dispõe na Hidroeléctrica de Cahora Bassa”, afirmou Passos Coelho, acrescentando que “essa será, com certeza, uma das matérias que teremos oportunidade de aprofundar e de concluir no âmbito da nossa cimeira bilateral”.
A venda da participação de 15 por cento que o Estado português ainda detém na HCB sofreu vários atrasos, uma situação que, segundo a imprensa portuguesa, deve-se ao facto de ambas as partes não terem chegado a um consenso sobre o valor do activo.
Em 2006, Portugal passou 67 por cento do capital desta barragem ao Estado moçambicano, reduzindo as acções daquele país europeu para 15 por cento.
Por outro lado, comentando sobre o encontro mantido com o estadista moçambicano, Passos Coelho disse que o mesmo foi muito positivo.
“Em primeiro lugar porque foi a primeira vez que, na qualidade de Primeiro-Ministro, me encontrei com o Presidente Guebuza e, segundo, porque tínhamos várias matérias por ultimar, nomeadamente a data para a realização da nossa cimeira anual que vai ocorrer em Lisboa este ano”, afirmou o Chefe do Executivo português.
Naquela mesma ocasião, Passos Coelho disse esperar contar, “no final de Novembro próximo, com a disponibilidade do governo de Moçambique para podermos justamente realizar a cimeira”.
Durante o breve encontro, entre ambos, passou-se em revista os principais tópicos bilaterais, quer no âmbito da CPLP, quer no âmbito dos dois países.
Questionado se a crise económica que se abateu sobre o seu país não seria um entrave ao investimento português em Moçambique, Passos Coelho respondeu que “com a crise que Portugal está a atravessar, Moçambique continua a ser uma grande prioridade para Portugal”.
Para sustentar os seus argumentos, Passos Coelho disse que Portugal precisa de aumentar as suas exportações num relacionamento mais intenso fora da Europa, que deverá começar pelos países falantes do português.
“Temos com Moçambique uma balança que só pode crescer. Espero que esse relacionamento entre Portugal e Moçambique possa ainda tornar-se mais forte no quadro da CPLP”, disse Passos Coelho.
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