Monday, 26 September 2011

Aposta do Parlamento Juvenil: Colocar a juventude na dianteira


A JUVENTUDE deve assumir a dianteira na busca de soluções para os seus problemas. Ela deve lutar em defesa dos seus interesses.

Maputo, Segunda-Feira, 26 de Setembro de 2011:: Notícias


TAL é a filosofia que norteia os jovens filiados ao Parlamento Juvenil – um movimento de advocacia de direitos e prioridades da juventude.
Quitéria Guirengane, oficial de programas e Benjamin Nhumaio, oficial de comunicação daquele movimento explicaram ao “Notícias”, no seguimento de um debate público sobre a Transparência, que a sociedade deve perceber melhor o papel do Parlamento Juvenil, cujo objectivo é o aprofundamento do Estado de Direito Democrático, sustentado na Constituição da República.
“Queremos que a sociedade saiba e compreenda que a democracia faz-se e aprofunda-se através da crítica construtiva, do diálogo. E é isso que nós fazemos. E nisso damos primazia a questões ligadas à juventude”, explicaram Guirengane e Nhumaio, vincando que a aposta do seu movimento é transformar a juventude em quinto poder no país.
Referiram ainda que infelizmente existem ainda determinados sectores da sociedade que não compreendem o papel do Parlamento Juvenil. Todavia, segundo anotaram outros sectores, incluindo alguns órgãos do Estado, organizações da sociedade civil e partidos políticos, paulatinamente se aproximam do Parlamento Juvenil para perceber melhor qual o papel deste movimento.
“Não somos oposição ao Governo e somos equidistantes de partidos políticos. Porém no nosso seio agrupamos individualmente, jovens pertencentes a certos partidos políticos. Nós temos uma agenda concreta: juventude. Não temos cores políticas”, salientaram Quitéria Guirengane e Benjamin Nhumaio.
Interrogados sobre os principais problemas da juventude, os nossos interlocutores referiram-se à falta de emprego e habitação e de oportunidades de negócios com vista à melhoria das suas condições de vida e queremos que a juventude esteja presente nos órgãos de decisão.
Referiram ainda que o Parlamento Juvenil tem estado a promover debates públicos, envolvendo sobretudo a juventude, sobre os mais variados temas da actualidade nacional e internacional.
A título de exemplo referiram-se a alguns debates já promovidos tais como a conferência nacional subordinada ao tema “Pensar Moçambique”, cujo objectivo era de promover uma reflexão nacional, abrangente, inclusiva e concertada sobre a situação política, económica e social do país, discutir e repensar as politicas do Governo relativas à crise económica e propor medidas alternativas e adoptar a “Declaração de Posição” sobre a Constituição da República.
Aliás, a presente conversa com os oficiais do Parlamento Juvenil decorreu em seguimento a um debate sobre a transparência, promovido conjuntamente com o Ministério da Justiça, através da Unidade Técnica da Reforma Legal. Esta conferência reuniu mais de 100 participantes de entre os quais representantes do sistema de administração da justiça, funcionários do Estado, diplomatas, políticos, académicos, membros das associações juvenis, artistas, desportistas, representantes das confissões religiosas, jornalistas, entre outros sectores.
O que se pretendia com este debate era uma reflexão de forma inclusiva e intersectorial sobre o papel do sistema da administração da justiça na promoção da transparência, com vista ao aprofundamento da democracia, apresentar preocupações, sensibilidades, propostas e desafios específicos da juventude, com vista à promoção do acesso à justiça restaurativa.

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