Eleições intercalares nos municípios de Cuamba, Pemba e Quelimane
O Presidente do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), Daviz Simango, afirma que a sua formação política irá concorrer a presidência dos municípios “vagos” nas eleições intercalares autárquicas do verão e apela a quem de direito a responsabilizar os presidentes municipais que renunciaram os cargos.
Neste momento a Comissão Nacional Política do MDM, junto das bases nas autarquias de Cuamba (Niassa), Quelimane (Zambézia) e Pemba (Cabo Delgado) onde os respectivos presidentes renunciaram o cargo, está a seleccionar os candidatos que irão concorrer nas primárias internas do movimento para se apurarem os candidatos do partido.
Daviz Simango explicou a comissão política nacional do seu partido está a trabalhar com as estruturas locais de forma a encontrar candidatos idóneos, com perfil a altura de concorrer em pé de igualdade com candidatos de outros partidos.
Acrescentou, para além deste trabalho, a comissão política do MDM está a mobilizar recursos necessários para a sua participação nas referidas eleições intercalares.
O presidente da terceira maior formação política no país, avançou estas eleições intercalares poderão ser uma “fantochada” caso um outro partido que não seja a Frelimo saia vitorioso, sem, no entanto, dar explicações.
Responsabilização dos edis demissionários
Por outro lado, Daviz Simango, diz que alguns edis que renunciaram os cargos deviam ser responsabilizados pelos prejuízos que causaram ao Estado e os respectivos munícipes.
Sustentou, não justifica que um presidente municipal eleito renuncie o cargo pura e simplesmente, sem apresentar fundamentos convincentes.
“Um cidadão que toma a decisão de candidatar-se assumindo a obrigação de cumprir com zelo e dedicação o mandato de cinco anos imposto pela lei, não tem compreensão possível quando alega motivo da renúncia continuar a estudar” – afirmou Daviz Simango, questionando se alguma vez a pretensão de alguém pretender continuar os estudos está acima dos interesses nacionais.
“É preciso o Estado encontro formas de responsabiliza-los pelos prejuízos que acabaram causando a causas nacionais”.
Simango advertiu estas renúncias poderão colocar água baixo os esforços dos partidos políticos e a sociedade civil nos processos democráticos no país para a redução dos níveis de abstenções nas eleições.
Referiu a atitude dos presidentes “lambe-botas” alimentado pela “arrogância” do sistema abre mais espaços para desmotivar a participação dos cidadãos nos pleitos eleitorais que se realizam no país.
“O que os cidadãos que votaram e voltarão a votar devem estar questionando” – questionou-se, observando a seguir quem terá motivação de votar alguém que a qualquer momento apresenta renúncia sem explicação plausível.
Daviz Simango entende estas renúncias dos presidentes candidatados pela Frelimo mostram que o exercício democrático no país está abaixo dos interesses dos partidos. (Jorge Malangaze)
O AUTARCA – 05.09.2011, citado no Moçambique para todos
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