Friday 28 September 2012

Eleição da filha de Guebuza para o Comité Central da Frelimo contestada

Valentina Guebuza concorreu pela lista de antigos combatentes do sexo feminino. Quando foi anunciada como membro do Comité Central, o tom dos aplausos reduziu contrariamente quando foram chamados outros jovens.
A filha mais “sonante” de Guebuza, Valentina Guebuza, herdeira do pai nos negócios da família, tem também ambições políticas. Valentina concorreu e foi eleita membro do comité central, mas não reuniu consenso.
Muitos jovens da praça pública manifestaram a sua indignação à eleição da Valentina, por via de Facebook e Twiter, as redes sociais mais usadas no país.
Porém, mais uma vez, se se considerar que os fins é que contam, fica para a história o facto de Valentina ter sido eleita membro do CC, apadrinhada pelo seu pai. Ela concorreu como antiga combatente – estatuto que lhe é conferido pelo pai, segundo noticiou o CanalMoz.
Valentina foi apadrinhada pelo pai que é presidente do partido, actual presidente da República e presidente da Associação dos Combatentes da Luta de Libertação Nacional (ACLN).
A eleição da “princesa milionária” – como foi descrita pela revista Forbes África de Agosto de 2012 - criou descontentamento entre os delegados, que estranharam o facto de Valentina ser “antiga combatente”.
Celso Correia também investe em política via Guebuza
Outra cara nova é a do empresário Celso Correia, um jovem que caiu nas graças de Guebuza e foi visto a chegar ao cargo de presidente do Conselho de Administração do Banco Comercial de Investimentos através do grupo Insitec (uma das vacas leiteiras do Chefe do Estado). Sem experiência alguma comprovada na política, Celso Correia entra para o Comité Central concorrendo para Áreas Económicas e Sociais. Correia deixou fora do Comité Central, gestores de topo como Paulo Muxanga, actual PCA do HCB. Entram para o Comité Central para a mesma área Teodato Hunguana (PCA da Mcel e TDM), Rosário Mualeia (PCA CFM), e José Psico (PCA do Instituto Nacional do Turismo).
Alberto Nkutumula é o jovem mais votado do Comité Central
Nova cara do CC é também a do actual vice-ministro da Justiça, Alberto Nkutumula. Foi, de resto, o jovem mais votado em números que exprimem a sua popularidade e aceitação no seio dos membros. A ovação à sua eleição testemunha a sua a quantidade de adeptos que tem. Entram também pela lista juvenil os jovens “camaradas” Henriques Mandava, António Niquice, Osvaldo Pitersburg, Cahimo Raul, Dulce Canhemba, Catarina Dimande, Suzete Dança.
Refira-se que fazem parte do CC 180 membros e 18 suplentes. O Congresso só elegeu 56 membros propostos pela anterior Comissão Política e os restantes 124 foram eleitos a nível das conferências provinciais.

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