Olá, Felizberto
Como estás, meu bom amigo? Do meu lado tudo bem, felizmente.
Mas profundamente chocado com o assassinato do meu colega Paulo Machava.
Não faço a menor ideia das razões por que mataram o Paulo. Há muitos anos que não tinha contacto com ele e nada sei da sua vida, nem sequer sou leitor do jornal que editava, mas uma coisa eu sei: ninguém deve ter a morte que o Paulo teve. Que o Gilles Cistac teve. Que tantos outros tiveram desde o Carlos Cardoso para cá.
E o fenómeno, em vez de estar a melhorar, está cada vez pior. Este ano vai a meio e já tivemos Gilles Cistac, Ali Mussa e agora o Paulo Machava. Em anos recentes tivemos o juiz Silica, Vicente Ramaya e o alfandegário Orlando José. E a lista vai crescendo, de ano para ano, até chegarmos a Siba Siba Macuácua e Carlos Cardoso.
E todos com uma coisa em comum: os mandantes dos crimes nunca foram encontrados. No caso Cardoso foram punidos os executantes e os financiadores mas nunca o(s) mandante(s). Nos outros casos nem sequer isso. A PRM afirma sempre estar a trabalhar para encontrar os culpados, mas tanto trabalho nunca desemboca na solução dos casos mas sim no esquecimento.
Entretanto, os mortos acumulam-se e os criminosos, animados com a sua impunidade, não deixarão de continuar as suas actividades.
Recentemente foram feitas alterações no comando da estrutura policial. Talvez seja agora o momento de os novos empossados mostrarem que
são de outra estirpe em relação aos que saíram. Se a oportunidade não for aproveitada saberemos que mudaram as moscas mas o resto está na mesma.
A verdade é que, enquanto os verdadeiros criminosos deste país gozam a vida impunes e serenos, as autoridades gastam tempo e dinheiro a perseguir académicos e jornalistas. Sem repararem que o que mais estão a gastar é o prestígio que essas estruturas deviam gozar junto dos cidadãos. Prestígio que se afunda de dia para dia.
E a sensação que dá é que o partido que se afirma como a força da mudança é quem mais se esforça para que nada disto mude. Eles lá saberão porquê...
Como estás, meu bom amigo? Do meu lado tudo bem, felizmente.
Mas profundamente chocado com o assassinato do meu colega Paulo Machava.
Não faço a menor ideia das razões por que mataram o Paulo. Há muitos anos que não tinha contacto com ele e nada sei da sua vida, nem sequer sou leitor do jornal que editava, mas uma coisa eu sei: ninguém deve ter a morte que o Paulo teve. Que o Gilles Cistac teve. Que tantos outros tiveram desde o Carlos Cardoso para cá.
E o fenómeno, em vez de estar a melhorar, está cada vez pior. Este ano vai a meio e já tivemos Gilles Cistac, Ali Mussa e agora o Paulo Machava. Em anos recentes tivemos o juiz Silica, Vicente Ramaya e o alfandegário Orlando José. E a lista vai crescendo, de ano para ano, até chegarmos a Siba Siba Macuácua e Carlos Cardoso.
E todos com uma coisa em comum: os mandantes dos crimes nunca foram encontrados. No caso Cardoso foram punidos os executantes e os financiadores mas nunca o(s) mandante(s). Nos outros casos nem sequer isso. A PRM afirma sempre estar a trabalhar para encontrar os culpados, mas tanto trabalho nunca desemboca na solução dos casos mas sim no esquecimento.
Entretanto, os mortos acumulam-se e os criminosos, animados com a sua impunidade, não deixarão de continuar as suas actividades.
Recentemente foram feitas alterações no comando da estrutura policial. Talvez seja agora o momento de os novos empossados mostrarem que
são de outra estirpe em relação aos que saíram. Se a oportunidade não for aproveitada saberemos que mudaram as moscas mas o resto está na mesma.
A verdade é que, enquanto os verdadeiros criminosos deste país gozam a vida impunes e serenos, as autoridades gastam tempo e dinheiro a perseguir académicos e jornalistas. Sem repararem que o que mais estão a gastar é o prestígio que essas estruturas deviam gozar junto dos cidadãos. Prestígio que se afunda de dia para dia.
E a sensação que dá é que o partido que se afirma como a força da mudança é quem mais se esforça para que nada disto mude. Eles lá saberão porquê...
Um abraço para ti do
Machado da Graça, Correio da manhã
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