Saturday, 12 September 2015

Embaixadores pedem solução pacífica para crise política no país

Os embaixadores de Portugal, Reino Unido e Estados Unidos mostraram-se ontem em Maputo, preocupados com a escalada da crise política no país e apelaram para a resolução das diferenças por via pacífica e no respeito da lei e das instituições democráticas
MAPUTO - "Tensões políticas existem em todos os estados democráticos. Fazem parte do debate político. Não têm problema. Contudo, essas tensões políticas devem ocorrer no estrito respeito da lei e na estrita utilização das instâncias democraticamente eleitas para o efeito", afirmou o embaixador português, um dos três diplomatas que hoje se avistaram com o primeiro-ministro moçambicano, Carlos Agostinho do Rosário.
Para José Augusto Duarte, "se há leis que necessitam ser mudadas, as pessoas debatem-nas e aprovam as mudanças que consideram adequadas", alertando para as consequências da instabilidade política em Moçambique para o investimento externo no país.
"As pessoas, quando investem, querem ter lucro. Para que tenham lucro, convém que haja paz e estabilidade. Só assim é que as coisas evoluem", declarou ainda o diplomata, que manifestou confiança na maturidade dos moçambicanos, a quem cabe "encontrar os modelos, modalidades e esquemas naturais que considerem adequados à sua convivência pacífica".
No mesmo sentido, o embaixador norte-americano em Maputo, Douglas Griffiths, incentivou a via negocial para a resolução da actual crise, em vez da confrontação armada.
"As pessoas têm de colaborar. Precisamos usar palavras para construir em vez de dividir", considerou, após o encontro com o primeiro-ministro.
A alta comissária do Reino Unido, Joanna Kuenssberg, apelou igualmente para "o diálogo e conversa face a face entre pessoas e não pelas armas", uma vez que "ninguém quer a guerra, todos querem a paz", e também para o respeito pelas instituições democráticas.




Folha de Maputo

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