Friday 5 December 2014

Má conduta, desleixo e outros problemas

 
A maioria dos membros das assembleias de voto trabalhavam duramente e de forma conscienciosa e estavam comprometidos com o sucesso das eleições. A maioria das acções no âmbito da campanha eleitoral decorreu de forma pacífica e em bom espírito. Contudo, "maioria" não é suficientemente bom. Estimamos que mais de 12% das assembleias de voto tiveram problemas no dia da votação. E houve problemas relacionados com o recenseamento, a campanha, a contagem e a informação.
A Renamo e o MDM afirmam possuir ficheiros com evidência de má conduta, mas eles mostraramse relutantes a apresentar-nos as suas evidências ou a apresentá-las aos outros órgãos de comunicação. Contrariamente, baseamo-nos nas reportagens dos nossos próprios 150 jornalistas, nos informes de observadores nacionais e internacionais, outros órgãos de comunicação e relatórios anedócticos dos partidos.
Além disso, usamos também o PVT (apuramento de votação paralelo), e usamo-lo para estimar um mínimo de 12,4% das assembleias de voto, mais de 2100, com problemas:
● Em mais de 750 assembleias de voto (4,5% do total), registou-se um número excessivo de votos inválidos, o que implica que os eleitores foram
invalidados de forma inadequada.
● Em pelo menos 680 assembleias de voto (4% do total), houve enchimento de urnas.
● Em 250 assembleias de voto (1,4% do total), houve um caderno de recenseamento adicional, não reportado, que não estava na lista oficial.
● Em 450 assembleias de voto (2,5% do total), a participação foi improvavelmente baixa, sugerindo uma abertura tardia ou outros problemas administrativos.
A própria CNE excluiu editais de 330 assembleias de voto.


Boletim sobre o processo político em Moçambique
Publicado por CIP e AWEPA

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