Agora a Polícia diz que os raptores estão a fugir do país
O desaparecimento e o reaparecimento do empresário Momad Bashir Suleimane, considerado “barão da droga” pelo Governo dos Estados Unidos da América, e um dos principais financiadores do partido Frelimo, continua a levantar muitas questões que não encontram respostas. Cada intervenção, tanto da Polícia como do próprio empresário, traz consigo for...tes indícios de estarmos perante um “grande filme”, montado com a colaboração do Estado moçambicano.
Até aqui ninguém conseguiu explicar como é que Bashir sobreviveu aproximadamente 40 dias sem os seus medicamentos, que se dizia serem de capital importância para a sua saúde. Ninguém conseguiu explicar como é que sobreviveu só de bolachas. Como é que a Polícia diz que teve uma operação “complicada”, que durou toda a noite, mas não conseguiu capturar nenhum dos raptores? Como é que Bashir conseguiu contar 40 quilómetros de olhos vendados? Como é que Bashir conseguiu viver quase 40 dias comendo, bebendo e defecando dentro de uma caixa? Como é que Bashir tirou as medidas exactas da caixa, centímetro por centímetro, com muito rigor? Como é que se explica a flexibilidade dos raptores em fazer “descontos” num resgate de 100 milhões de dólares, até chegar aos 10 milhões de dólares? Como é que a Polícia descarta por iniciativa própria a correlação de factos entre a rusga no Quénia – em que foram presos importantes “barões da droga” e em que o nome do empresário é citado – e o seu desaparecimento? Como é que o vice-ministro do Interior José Mandra disse que no dia do seu alegado rapto o empresário dispensou a segurança, e o empresário diz que nunca teve segurança? Como é que Bashir reconheceu as nacionalidades dos sequestradores? Todas estas questões não têm respostas, e a Polícia continua a servir ao público uma versão que cai perante qualquer teste de sustentabilidade.
Na segunda-feira, o director da Ordem Pública da cidade de Maputo, Bernardino Rafael, veio a público dizer que os raptores zimbabweanos e sul-africanos envolvidos no rapto estão a fugir do país.
“Temos pistas para os neutralizar. Mas alguns deles já estão a deixar o país para a África do Sul e o Zimbabwe”, disse o director da Ordem Pública na cidade de Maputo, criando mais nebulosidade num filme, em si, já suficientemente obscuro.
Canalmoz
Até aqui ninguém conseguiu explicar como é que Bashir sobreviveu aproximadamente 40 dias sem os seus medicamentos, que se dizia serem de capital importância para a sua saúde. Ninguém conseguiu explicar como é que sobreviveu só de bolachas. Como é que a Polícia diz que teve uma operação “complicada”, que durou toda a noite, mas não conseguiu capturar nenhum dos raptores? Como é que Bashir conseguiu contar 40 quilómetros de olhos vendados? Como é que Bashir conseguiu viver quase 40 dias comendo, bebendo e defecando dentro de uma caixa? Como é que Bashir tirou as medidas exactas da caixa, centímetro por centímetro, com muito rigor? Como é que se explica a flexibilidade dos raptores em fazer “descontos” num resgate de 100 milhões de dólares, até chegar aos 10 milhões de dólares? Como é que a Polícia descarta por iniciativa própria a correlação de factos entre a rusga no Quénia – em que foram presos importantes “barões da droga” e em que o nome do empresário é citado – e o seu desaparecimento? Como é que o vice-ministro do Interior José Mandra disse que no dia do seu alegado rapto o empresário dispensou a segurança, e o empresário diz que nunca teve segurança? Como é que Bashir reconheceu as nacionalidades dos sequestradores? Todas estas questões não têm respostas, e a Polícia continua a servir ao público uma versão que cai perante qualquer teste de sustentabilidade.
Na segunda-feira, o director da Ordem Pública da cidade de Maputo, Bernardino Rafael, veio a público dizer que os raptores zimbabweanos e sul-africanos envolvidos no rapto estão a fugir do país.
“Temos pistas para os neutralizar. Mas alguns deles já estão a deixar o país para a África do Sul e o Zimbabwe”, disse o director da Ordem Pública na cidade de Maputo, criando mais nebulosidade num filme, em si, já suficientemente obscuro.
Canalmoz
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