Wednesday 11 June 2014

Já não há condições para a guerra em Moçambique - considera André Thomashausen

O ANTIGO conselheiro do líder da Renamo e professor de Direito Comparado na Universidade da África do Sul (UNISA), André Thomashausen, considera que já não há condições para o surgimento duma nova guerra em Moçambique.
Entrevistado há dias pela Televisão de Moçambique (TVM) na cidade sul-africana de Joanesburgo, a propósito da tensão político-militar no país, Thomashausen afirmou que os moçambicanos já não mais estão interessados em conflito armado, mas sim pelo progresso e bem-estar.
“Moçambique tem tido um avanço enorme, um sucesso notável que o mundo inteiro aprecia. Moçambique é hoje um dos países em África com maior reputação, em termos de capacidade de desenvolvimento e progresso político e económico”, disse.
Segundo Thomashausen, na África do Sul, por exemplo, as pessoas não consideram a tensão político-militar em Moçambique como sendo uma crise fundamental, mas sim uma situação transitória que se irá resolver duma maneira ou doutra e que no final prevalecerá o bom senso e vontade para que haja lugar à realização das eleições, que possam ser respeitadas e contribuir para a continuação do progresso do país.
“Custa-me, pessoalmente, pensar que Moçambique poderia voltar à guerra civil. Já não há condições para isso. Eu não encontrei ninguém em Moçambique, nas últimas visitas e nas minhas comunicações, que queira uma nova guerra. As pessoas não querem outra guerra. Os jovens querem progresso, querem educação, querem futuro e sucesso económico”, indicou.
André Thomashausen sugeriu que Moçambique devia seguir o exemplo sul-africano dos anos 1991 e 1992, em que representantes do Governo e a sociedade civil local realizaram várias conferências e/ou reuniões e criaram um movimento para a paz naquele país.
“Se talvez Moçambique pudesse tomar essa iniciativa. Pode ser a sociedade civil a tomar esta iniciativa”, disse, afastando a possibilidade de os políticos recusarem participar ou tomar parte em reuniões visando encontrar respostas para os problemas do país.



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