Falando quinta-feira última em Maputo, no decurso do lançamento oficial dos
preparativos da reunião, Muchanga explicou que a conferência se insere nas
preocupações da juventude devido à crise política e económica que assola o
continente, caracterizada pelo subdesenvolvimento, por conflitos entre povos e
enormes desigualdades sociais, associado às elevadas taxas de desemprego,
pobreza, natalidade e mortalidade, num cenário de crise internacional abrangendo
maioritariamente jovens, os quais perfazem cerca de 60 por cento da população
africana.
Os jovens manifestam-se firmemente convencidos de que o maior recurso de que
o continente se dispõe é a sua população, igualmente jovem, e que pela sua
participação activa e plena pode se ultrapassar as dificuldades que a região
enfrenta.
Salomão Muchanga explicou que para esta conferencia serão convidados antigos
chefes de Estado do continente, sendo que “os antigos estadistas africanos
exemplos de boa governação são o repositório de um legado em extinção e
subaproveitado, ávido de ser partilhado com a juventude para fazer face aos
desafios do continente”.
Segundo Salomão Muchanga, para esta conferência o Parlamento Juvenil evoca os
direitos humanos, os direitos da juventude e as liberdades fundamentais
plasmados na Declaração Universal dos Direitos Humanos, na Carta Africana dos
Direitos Humanos e dos Povos, na Carta Africana sobre Democracia, Eleições e Boa
Governação, na Carta Africana da Juventude, na Constituição da República de
Moçambique e nos Objectivos de Desenvolvimento do Milénio.
O Parlamento Juvenil, segundo Muchanga, acredita que esta conferência se
distingue por resultar da iniciativa de jovens africanos, sem intervenção activa
de governos internos ou de agendas externas, em promover um diálogo permanente,
aberto, inclusivo, intersectorial, vibrante e sem reservas entre jovens
africanos com potencial de liderança, cuja acção se faz sentir nas vertentes
política, económica e social do país.
Inspira-se o PJ na valorização da diversidade cultural, espírito de
sacrifício, do diálogo, do colectivismo, da solidariedade e do convívio
harmonioso, características do povo africano e também na qualidade de vida,
democracia e índices de desenvolvimento médios que caracterizam países tais como
a África do Sul, Maurícias, Seychelles, Botswana, Gana, Cabo Verde e São
Tomé.
“Inspiramo-nos também nos 20 anos de paz em Moçambique, que constituem um
exemplo de reconciliação pacífica em África e no mundo”, disse.
Os jovens
estão preocupados em aprofundar a democracia e restabelecer a justiça social
entre os cidadãos e os detentores do poder político.
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