Saturday 22 October 2011

Reféns do caos na Marginal


O verão chegou e, como era de esperar, já se assiste a uma correria desenfreada às praias, particularmente a da Costa do Sol, um dos pontos de atracção dos citadinos em tardes quentes nesta cidade.



Maputo, Sábado, 22 de Outubro de 2011:: Notícias

Tem sido um lugar preferido para refrescar por grupos de amigos, familiares ou mesmo entre namorados para actualizar a conversa e, às vezes, ao sabor da magumba e frango assado, preparados por mulheres que perfilam com fogões ao longo da Avenida Marginal. São mulheres que procuram ganhar o seu sustento. Até aí tudo bem.
Porém, alguns citadinos, maioritariamente jovens, que se fazem à praia em viaturas próprias estacionam-nas ao longo da faixa de rodagem, tanto de um como do outro lado, roubando o espaço da via, já de si estreita.
Resultado: engarrafamento, provocando longas filas de viaturas ao longo da Marginal, num cenário agravado por manobras sem a observância mínima das regras de trânsito. Está assim instalado o caos.
Seria inconcebível dizer que a Polícia não está a par desta desordem. Pois tem andado por lá, mas nada faz para travar este estado de coisas que se tornaram normais aos fins-de-semana na Costa do Sol.
Isto embaraça os demais utentes da estrada que se servem dela para chegar a outros destinos, sobretudo entre os residentes dos bairros do Triunfo e da Costa do Sol. Para estes não pode haver casos de emergência aos fins-de-semana, à tarde, ficam reféns do caos que se vive naquela via, a única e rápida para o centro da cidade.
Não tarda que os residentes daqueles bairros tenham de fazer o aprovisionamento, na véspera do fim-de-semana, para evitar aborrecimentos ou privação devido à desordem que se gera na Marginal. O tráfego chega a estar praticamente bloqueado, imperando a desordem.
Ai de quem tenha de se fazer à estrada! Independentemente da emergência na qual estiver, terá de apelar à “boa vontade” dos condutores das viaturas mal estacionadas para ter a via desimpedida, o que, muitas vezes, se consegue à custa de insultos e ameaças. Não raras vezes sob efeito de álcool e a dançarem ao som da música que brota de colunas de viaturas a um volume ensurdecedor. São coisas que, de tanto se repetirem, tornaram-se normais e por essa via já não estranhamos.

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