Thursday 11 March 2010

Garrido busca aliança contra desnutrição

Uma criança bem nutrida resiste muito mais a doenças que uma desnutrida. A nossa preocupação é que as crianças cresçam de boa saúde e sejam muito resistentes a doenças, tais como diarreias, gripes, pneumonia, sarampo, entre outras frequentes nessa fase da vida.
Para o alcance desta meta, parceiros multisectoriais do Ministério da Saúde, se comprometeram a envidar esforços para uma resposta acelerada para a redução da desnutrição crónica no pais, através do desenvolvimento de advocacia e capacitação para aumentar a consciência dos diferentes sectores e do público em geral, tornar acções de redução da desnutrição acessíveis à todos, promoção a mudança de comportamentos, entre outros aspectos.
Para o ministro da Saúde, Ivo Garrido, os níveis de desnutrição crónica no país são altos, e
seu combate significa uma redução automática na mortalidade infantil.
A falta de uma alimentação variável provoca uma desnutrição crónica que não prejudica somente o crescimento, mas também, a altura da criança. Se comparar a altura de uma criança europeia com a nossa, veremos que a nossa é muito pequenina, razão que faz com que seja difícil no país, criar uma
equipe de basquetebol, porque não temos pessoas com altura recomendada para a idade que possui. Essa forma de desnutrição somente um nutricionista consegue diagnosticar, explicou Garrido.
O sector da Agricultura, conforme seu ministro Soares Nhaca, comprometeu-se em continuar a trabalhar para aumentar a disponibilidade de alimentos e de forma diversificada, e sobretudo, assegurar maior acesso.
Não basta que esses alimentos existam, é importante que estejam disponível e que as pessoas tenham acesso. Outra componente não menos importante é a forma comos esses alimentos são utilizados pela população, de modo a que tenham uma dieta correcta, diversificada que contribua para a redução dos índices de desnutrição, ressalvou Nhaca.
De acordo com Nhaca, o seu sector contribuirá grandemente neste combate, uma vez que o governo tem um plano de produção de alimentos que é o instrumento de operacionalização da estratégia da Revolução Verde, que visa eliminar os défices alimentares de alguns produtos como cereais, permitindo que no país haja maior disponibilidade de alimentos durante todo ano.
A rede moçambicana contra a pobreza, uma organização da sociedade civil, constitui-se em um outro organismo comprometido com a aceleração da redução da desnutrição no país, razão pela qual, apela ao envolvimento de toda sociedade no combate contra este mal que anualmente mata milhares de crianças moçambicanas.
Sabe se que em duas crianças moçambicanas, uma tem o problema da desnutrição crónica. Estes índices tornam a responsabilidade da sociedade civil ainda maior por esta estar inserida nas comunidades, disse Jeremias Ramucesse, presidente da rede contra pobreza em Moçambique.
Refira-se que Moçambique se comprometeu durante a Cimeira Mundial da Alimentação, realizada em Roma em 1996, a reduzir o número de desnutridosem 50 por cento até 2015.


(Salomão Siueia, jornal Bantu, 05/03/10)

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