Monday 22 March 2010

EDSON MACUÁCUA não fala da fraude académica

Não conheço vosso jornal, foi com estas breves palavras que Edson Macuácua, deputado da Assembleia da República e membro da Comissão Permanente daquele órgão, e Secretario para área de Mobilização e Propaganda do Partido Frelimo, reagiu ao BANTU sobre a fraude académica supostamente por si cometida na Universidade Eduardo Mondlane, UEM.
A reacção do Secretário para área de Mobilização e Propaganda do Partido Frelimo, não é de todo estranho, esquisito é o facto de alegar não conhecer o jornal, ao invés de se preocupar em defender seu nome que está envolvido numa fraude académica na maior e mais antiga universidade do país.
Aliás, não foi somente Edson Macuacua que resignou falar sobre o assunto, o director da Faculdade de Direito, José Dimande e o coordenador dos mestrados na mesma faculdade, o renomado constitucionalista, professor Giles Cistac, se “fecharam em copas”, com o segundo a alegar que somente o director da faculdade tinha essas competências. Inúmeras vezes a reportagem do BANTU se fez a Faculdade de Direito da UEM a fim de colher sua reacção, mas ninguém se dignou a dar a cara, talvez por envolver uma alta figura da nomenclatura política do país.
O blackout decretado pelas três figuras sobre este caso vem reforçar a tese da existência efectivamente da fraude académica na UEM, da existência de tráfico de influência naquela instituição de ensino superior em beneficio de personalidades sem requisitos básicos para o efeito.
Aliás, este caso é motivo de comentários em círculos fechados dentro daquela faculdade, uma vez envolver o Secretário para área de Mobilização e Propaganda do Partido Frelimo. Nenhum estudante quis falar sobre o assunto, não obstante terem conhecimento da sua existência.
Conheço o caso mais não tenho nada a falar, nem posso ser visto a falar convosco, Dr. Edson Macuacua é meu professor, senão serei conotado como sendo informador, dizia um estudante abordado pela nossa reportagem se afastando.
E por se tratar de um caso de fraude académica, que constitui crime nos termos da legislação moçambicana, o assunto merece mais aprofundamento por parte de instituições competentes, neste caso da Procuradoria- geral da República, dirigida por Augusto Paulino, de modo a se aferir a veracidade dos factos que ditaram a ocorrência da fraude, bem como responsabilizar seus autores.
Edson Macuácua fazia parte dos 70 candidatos que concorreram ao curso de Mestrado em Ciências Jurídicas na Faculdade de Direitom da UEM elaborado em colaboração com a Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa para o ano lectivo 2010/2011.
Num processo apelidado de egoísmo, covardia, lambibotismo, puxa saquismo no meio académico, Edson Macuacua, depois de ter excluído do curso de seu nome aparece na lista definitiva dos
admitidos, facto que espantou meio mundo naquela instituição.
Mesmo sabendo que não reunia requisitos para se candidatar, felo sabendo que havia de admitir confiando nas pressões politicas para a passagem automática, valendo-se do cargo que ocupa na sociedade e no partido Frelimo.
A Frelimo deveria se distanciar de quadros com este tipo de comportamentos, pois não é com dirigentes deste nível que este país precisa para o combate a pobreza.

(Nelson Nhatave, Jornal Bantu, 17/03/10)


NOTA DO JOSÉ: Este assunto, ao contrário do que alguns acreditam, ainda não está devidamente esclarecido. Se os factos narrados não correspondem à verdade, todo este clima de silencio e segredo não ajuda ao esclarecimento deste imbróglio.

2 comments:

Anonymous said...

Este caso, de fráude acabou desvalorizando a maior Univesidade de todos os Moçambicanos, coitado de mim que passei daquela Instituição.
Eu acho que não é obrigatório na Frelimo, alguem ter um nível Superior pelo que,deveria esperar até conseguir as qualidades necessária. Veja que mesmo que se empenhe e consiga fazer o mestrado, nós, a sociedade, continuaremos a pensar que usou as mesmas influências que.
Os graus académicos são adquiridos estudando e não de falar política.
Porque a frelimo não tem sido séria, é por isso que se diz que é um partido que prega a honestidade, desenvolvimento,..., etc; no entanto, fumentado práticas que pioram a situação do País para a pobrza tota, que inclui o " Analfadoutorismo".
O País com Dirigentes que ainda evergonham o povo na terra é o nosso.
Os níveis académicos são distribuidos de uma forma não adequada por via de Doutores que não tem pensamentos suficientes para terem o nível médio. É uma situação que leva ao pior grau de sustentabilidade; lamento!
ISSO FAZ_ME MAL PORQUE ESSES NÌVEIS SÂO CONSEGUIDOS COM MUITO SUOR E RESPONSABILIDADE, CHEGO A PENSAR QUE A MINHA PÓS-GRADUAÇÃO FICOU DESVALORIZADA PORQUE PESSOAS PENSAR QUE É "TUDO FARINHA DO MESMO SACO"
Infelizmente é o país que temos, cheio de intimidações.
Espero que as próximas gerações aprendam com esses nossos grandes erros de (ganâncias e soberbas, vácuos em almas).

Anonymous said...

Chamar doutor pessoa que provavelmente tenha feito licenciatura impondo aos professores para deixar passar, desvaloriza aos verdadeiros Doutores. a outra coisa não boa é deixar esse fulano a dar aulas numa Univesidade Pública; deveria ensinar na Escola da Frelimo e não nesta do povo que custou vidas para conquistar. Isso não dá. Os iresponsáveis "responsáveis" da UEM deveriam ser tirados dos cargos.
Deveria segur o exemplo da ISPU que suspendeu uma fraudolente política, que o mesmo Macuacua certa vez tentou defender por saber quele era das mesmas práticas. Os dirigentes da frelimo deixando isso assim envergonham a todos os membros honestos e intelectuais e ficam no mesmo "saco de dirigentes podres" com o são identificados.
É realmente uma situação de lamentar poque desvalorizam todo o esforço de moçambicano sério.
Uma vez certo orgão escreveu sobre a falsificação de assinatura por este jovem, para vernder um certo imóvel; os patrões do partido será que não têm vistas nem ouvidos? Este partido está desagradável para os honestos!