Tuesday 26 May 2015

Presidente da Renamo anuncia acordo com PR moçambicano dentro de 45 dias


Nampula, Moçambique, 25 mai (Lusa) - O Presidente da Renamo, Afonso Dhlakama, anunciou hoje, em Nampula, norte do país, que dentro de 45 dias vai assinar um acordo com o Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, com vista a pôr termo à crise pós-eleitoral no país.
"Em menos de 45 dias vou assinar um acordo com o Nyusi, que depois vai à Assembleia da República para ser ratificado no sentido de torná-lo operacional", declarou o líder da Renamo (Resistência Nacional Moçambicana), falando num encontro que manteve com académicos e jovens simpatizantes do maior partido de oposição.
"O acordo vai acomodar o anteprojeto das autarquias provinciais chumbado pela maioria da Frelimo [Frente de Libertação de Moçambique] no parlamento", disse Dhlakama, sem avançar mais detalhes.
Dhlakama disse que já sabia que a o partido maioritário ia chumbar o anteprojeto das autarquias provinciais, considerando que "seria vergonhoso a Frelimo aceitar um projeto da Renamo por ter melhor qualidade de governação"
"Por isso vou assinar um acordo com o Nyusi", acrescentou o presidente da Renamo.
A Presidência da República moçambicana ainda não confirmou nenhum entendimento com Afonso Dhlakama,
Filipe Nyusi participa a partir de hoje na Assembleia Anual do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD), que decorre na sede da organização em Abidjan, capital da Costa do Marfim,
Dhlakama assinou, a 05 de setembro de 2014, o Acordo de Cessação de Hostilidades, com o ex-Presidente moçambicano Armando Guebuza, para encerrar 17 meses de confrontações militares na região centro do país.
O acordo foi alcançado a pouco mais de um mês das eleições gerais de 15 de outubro, cujos resultados a Renamo não reconhece, propondo-se governar nas seis províncias no centro e norte de Moçambique onde reclama vitória eleitoral, sob ameaça de tomar o poder pela força.
Após dois encontros entre Dhlakama e Nyusi, a Renamo submeteu um modelo de autarquias provinciais ao parlamento, mas já rejeitado pela maioria parlamentar da Frelimo.

 

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