Saturday, 16 May 2015

Parceiros internacionais instam Moçambique a reforçar combate à corrupção

O grupo de países e instituições de ajuda ao desenvolvimento de Moçambique instou hoje o país a dar prioridade ao combate à corrupção e à transparência fiscal, realçando a necessidade de os parceiros internacionais desembolsarem o seu apoio atempadamente.
"Gostava, aqui, de destacar a importância do entendimento comum entre os parceiros e o Governo sobre a importância de priorizar a implementação de reformas para o combate à corrupção e para o aumento da transparência fiscal", afirmou a embaixadora da Suécia em Maputo, Irina Schouligin-Nyoni, falando em nome do grupo dos Parceiros de Apoio Programático (PAP), num encontro com o Governo moçambicano.
Na qualidade de presidente da chamada "troika", como os PAP são conhecidos, Nyoni realçou a importância de a comunidade internacional desembolsar atempadamente a sua ajuda a Moçambique, para permitir que o país realize com sucesso as ações de desenvolvimento e combate à pobreza.
"Os parceiros também têm trabalho por fazer. A avaliação do nosso desempenho, claramente, mostra que é fundamental aprimorar a previsibilidade dos nossos compromissos e desembolsos, de modo a viabilizar a implementação dos programas do Governo", assinalou a embaixadora sueca em Maputo.
Por seu turno, o ministro da Economia e Finanças moçambicano, Adriano Maleiane, reiterou o compromisso de promoção da transparência fiscal, combate à corrupção, contínua melhoria do ambiente de negócios e crescimento económico inclusivo.
"O Governo está convicto de que a materialização, dentro do prazo, dos assuntos de atenção especial, constituirá um marco importante para o contínuo aprofundamento da nossa confiança mútua e uma demonstração inequívoca do empenho do Governo com o desenvolvimento nacional", frisou Maleiane.
Segundo dados divulgados no encontro, os PAP, que incluem a União Europeia (UE) e instituições financeiras internacionais, desembolsaram em 2014 mais de 1,6 mil milhões de dólares (1,4 mil milhões de euros) para ações de desenvolvimento e combate à pobreza em Moçambique, montante que traduz uma redução de 5% em relação ao ano anterior.
Em junho próximo, Portugal vai assumir a presidência dos PAP em substituição da Suécia, altura em que será também anunciado o valor global do apoio a Moçambique para 2015.


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