Em Moçambique, o Centro de Integridade Pública(CIP) e seus parceiros de cooperação dizem que o Orçamento Geral do Estado(OGE) para 2015, recentemente aprovado pelo Parlamento, defraudou as expectativas, sobretudo porque não reduz as despesas e dá primazia ao sector da defesa em detrimento das áreas sociais.
Havia uma enorme expectativa relativamente a este orçamento, tendo em conta que é um novo Governo e o facto de que, nos últimos anos, os orçamentos moçambicanos eram bastante criticados, por, na opinião de economistas, privilegiar o sector da defesa.
Jorge Matine, coordenador da área de Despesa e Receita Pública no CIP, disse que esta instituição de promoção da integridade pública e boa governação não faz uma avaliação positiva relativamente a este orçamento.
Segundo Matine, esperava-se que o OGE desse uma indicação daquilo que seria a tendência em termos de políticas das áreas prioritárias, "e o sinal não foi muito bom, no computo geral".
Aquele responsável afirmou ainda que o orçamento é despesista e recordou que uma das questões levantadas durante a campanha eleitoral foi como reduzir o despesismo público, "e neste orçamento também não vemos, com grande expressão, esta engenharia política de querer reduzir os custos".
Jorge Matine criticou ainda o facto de o OGE 2015, que contempla despesas no valor de 226 mil milhões de meticais (seis mil milhões de dólares), destinar parte significativa dos seus recursos ao sector da defesa, em detrimento da Educação e da Saúde.
Entretanto, o primeiro-ministro moçambicano Carlos Agostinho do Rosário diz que algumas das críticas que têm sido feitas ao orçamento resultam de uma incorrecta interpretação do mesmo.
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