Lideres religiosos moçambicanos alertam para o facto de que a falta de confiança entre o Governo e a Renamo e de políticas públicas mais redistributivas pode perigar o processo de reconciliação e conduzir o país para uma situação de violência.
Numa altura em que o diálogo político não tem sido consequente, dirigentes religiosos ouvidos pela VOA disseram que tudo deve ser feito para que os políticos se entendam.
O secretário-geral do Conselho Cristão de Moçambique Marcos Macamo afirmou que a igreja deve mobilizar os crentes no sentido de se envolverem no processo de reconciliação, "não se identificando com nenhuma das partes" em conflito.
Por seu lado, o bispo emérito anglicano Dom Dinis Sengulane, um dos mediadores do diálogo político entre o Governo e a Renamo, manifestou-se preocupado com a tensão política que se vive no país e apontou alguns caminhos para se sair da situação.
De acordo com aquele líder religioso, "temos que falar com Deus, que é a fonte de toda a paz, orarmos pela consolidação da paz no nosso seio, sermos uma voz profética para os políticos, louvarmos onde as coisas estão a correr bem e repreendermos onde as coisas não estão a correr bem".
Por sua vez, o bispo auxiliar católico de Maputo, Dom João Carlos Nunes, rejeita a ideia de que o processo de reconciliação se esgota com a realização das eleições, porque, no seu entender, "a criação de uma sociedade democrática é um processo de construção contínuo e não se pode dizer que está fechado".
Presentemente, o diálogo político entre o Governo e a Renamo está "encalhado" fundamentalmente na questão relativa à desmilitarização do partido liderado por Afonso Dhlakama.
Mas no debate político moçambicano levanta-se também a necessidade de se incluir a discussão sobre a estrutura de oportunidade porque há cidadãos que se sentem excluídos na distribuição da riqueza.
Refira-se que vários sectores da sociedade civil, dada à falta de progressos no diálogo político, têm apelado a que a igreja em Moçambique tenha uma intervenção mais acutilante nos esforços para a busca da paz.
VOA
Numa altura em que o diálogo político não tem sido consequente, dirigentes religiosos ouvidos pela VOA disseram que tudo deve ser feito para que os políticos se entendam.
O secretário-geral do Conselho Cristão de Moçambique Marcos Macamo afirmou que a igreja deve mobilizar os crentes no sentido de se envolverem no processo de reconciliação, "não se identificando com nenhuma das partes" em conflito.
Por seu lado, o bispo emérito anglicano Dom Dinis Sengulane, um dos mediadores do diálogo político entre o Governo e a Renamo, manifestou-se preocupado com a tensão política que se vive no país e apontou alguns caminhos para se sair da situação.
De acordo com aquele líder religioso, "temos que falar com Deus, que é a fonte de toda a paz, orarmos pela consolidação da paz no nosso seio, sermos uma voz profética para os políticos, louvarmos onde as coisas estão a correr bem e repreendermos onde as coisas não estão a correr bem".
Por sua vez, o bispo auxiliar católico de Maputo, Dom João Carlos Nunes, rejeita a ideia de que o processo de reconciliação se esgota com a realização das eleições, porque, no seu entender, "a criação de uma sociedade democrática é um processo de construção contínuo e não se pode dizer que está fechado".
Presentemente, o diálogo político entre o Governo e a Renamo está "encalhado" fundamentalmente na questão relativa à desmilitarização do partido liderado por Afonso Dhlakama.
Mas no debate político moçambicano levanta-se também a necessidade de se incluir a discussão sobre a estrutura de oportunidade porque há cidadãos que se sentem excluídos na distribuição da riqueza.
Refira-se que vários sectores da sociedade civil, dada à falta de progressos no diálogo político, têm apelado a que a igreja em Moçambique tenha uma intervenção mais acutilante nos esforços para a busca da paz.
VOA