Tuesday 29 April 2014

Manobras dilatórias

 
Alice Mabota, presidente da Liga dos Direitos Humanos, entende que é importante saber se as exigências da Renamo estão a surgir dia após dia ou é algo que os dois tinham acordado em segredo, mas que uma das partes, hoje, não quer honrar com o compromisso.
Alice Mabota diz que não acredita que a Renamo esteja a fazer “exigências no escuro. Algo está por detrás disso. Só que não nos querem revelar”....

No seu entender, a confusão resulta do mau desfecho do Acordo Geral de Paz.
Sublinha que é inconcebível que o Governo tenha deixado pessoas morrerem para aceitar paridade na Comissão Nacional de Eleições.
Também não se percebe o porquê do Governo exigir desmilitarização da Renamo 20 anos depois dos Acordos de Roma. Para ela, isso mostra que algo falhou no meio deste processo.
“A minha grande preocupação no meio destes impasses é que isso poderá nos levar ao adiamento das eleições. Isso deixa-me entender que os dois estão a nos entreter para adiar as eleições e se manterem no poder”, lamenta.
Mabota acredita que a verdadeira música ainda vai tocar.
Para Mabota, o governo bem como a Renamo devem perceber que o povo moçambicano está preocupado com a paz e o bem estar social. A paz não pode ser um direito apenas da Renamo ou da Frelimo.
 
Savana,  18/04/14

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