Já há muito tempo que conheço os escritos de Josué Bila, via e-mails encaminhados por mão amiga, e os seus artigos impressionam-me pela lucidez e profundidade do seu pensamento. Em boa hora, Bila resolveu abrir um blog onde poderemos emcontrar artigos estimulantes.
Eis Josué Bila em sua próprias palavras:
Mocambicano, de nacionalidade. Actualmente, estou no exilio academico-teologico-filosofico, em Sao Paulo. Sonho individual: que seja cultural e intelectualmente cosmopolita. Sonho pro-colectivo: que os mocambicanos, todos, um dia sejam cidadaos. Penso que, hoje por hoje, sao habitantes. A maioria dos mocambicanos vegeta bastante. Sonho, ainda, para que se estabeca a justica social, em todo o planeta. O portugues Boaventura de Sousa Santos e o norte-americano Richard Falk propoem ideias brilhantes na luta pela justica social e no escangalhamento hegemonico do norte, que dilapida, carcome e aleija as aspiracoes dos excluidos do mundo.
Delicie-se com este trecho do artigo intitulado: “Moçambicanos: habitantes ou cidadãos?”
Em meio ao debate moçambicano, vítima da nudez intelectual e preconceito político-ideológico, posso parecer herético e reaccionário-oposicionista, ao afirmar que, no nosso país, superabundam habitantes que cidadãos. Meu argumento básico surge da supernotável diferença comportamental entre habitantes e cidadãos. Moçambique tem um pouco mais de 20 milhões de habitantes. Isso não pressupõe que tenha, em essência, igual número de cidadãos, porém.
... comecemos, hoje, a industrializar bugalhos-habitantes; amanhã, longínquo, transformar-se-ão em alhos cidadânicos, certamente. Deste modo, Moçambique vai tornar-se liberdade. Hoje, Moçambique é antónimo de liberdade. O que é indesejável. O desejo é que Moçambique seja liberdade. Liberdade significa aceitarmos ser dominados pela ética e respeitarmos o nosso próximo na mesma proporção que desejamos ser respeitados e cumprir as leis republicanas, construindo e solidificando aquilo que o filósofo Emmanuel Kant apelidara de “República Moral”.
Eis Josué Bila em sua próprias palavras:
Mocambicano, de nacionalidade. Actualmente, estou no exilio academico-teologico-filosofico, em Sao Paulo. Sonho individual: que seja cultural e intelectualmente cosmopolita. Sonho pro-colectivo: que os mocambicanos, todos, um dia sejam cidadaos. Penso que, hoje por hoje, sao habitantes. A maioria dos mocambicanos vegeta bastante. Sonho, ainda, para que se estabeca a justica social, em todo o planeta. O portugues Boaventura de Sousa Santos e o norte-americano Richard Falk propoem ideias brilhantes na luta pela justica social e no escangalhamento hegemonico do norte, que dilapida, carcome e aleija as aspiracoes dos excluidos do mundo.
Delicie-se com este trecho do artigo intitulado: “Moçambicanos: habitantes ou cidadãos?”
Em meio ao debate moçambicano, vítima da nudez intelectual e preconceito político-ideológico, posso parecer herético e reaccionário-oposicionista, ao afirmar que, no nosso país, superabundam habitantes que cidadãos. Meu argumento básico surge da supernotável diferença comportamental entre habitantes e cidadãos. Moçambique tem um pouco mais de 20 milhões de habitantes. Isso não pressupõe que tenha, em essência, igual número de cidadãos, porém.
... comecemos, hoje, a industrializar bugalhos-habitantes; amanhã, longínquo, transformar-se-ão em alhos cidadânicos, certamente. Deste modo, Moçambique vai tornar-se liberdade. Hoje, Moçambique é antónimo de liberdade. O que é indesejável. O desejo é que Moçambique seja liberdade. Liberdade significa aceitarmos ser dominados pela ética e respeitarmos o nosso próximo na mesma proporção que desejamos ser respeitados e cumprir as leis republicanas, construindo e solidificando aquilo que o filósofo Emmanuel Kant apelidara de “República Moral”.
(Confira em www.bantulandia.blogspot.com)
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