Thursday 2 January 2014

Renamo diz que o País está sem rumo

 A Renamo convocou a Imprensa na manhã desta segunda-feira para fazer a sua avaliação do estado geral da nação. António Muchanga, membro sénior da Renamo, diz que o País continua a ser empobrecido e sem rumo, muito por culpa da actual direcção do partido Frelimo que está mais preocupada com os seus ganhos empresariais que com a v...ida dos moçambicanos.
Sobre a redistribuição da renda, a Renamo diz que apenas membros do Governo e seus familiares “que abocanham todas as oportunidades de negócios, empregos e facilidades”, alguns membros da Frelimo “que recebem os famosos sete (7) milhões” e uma maioria do povo que se limita “aos benefícios proporcionados pelos serviços de Saúde, Educação, Estrada e Pontes.”

 “Democratas que cobram comissões chorudas a investidores…”

Sobre os apelos de Guebuza para a preservação da paz democracia, a Renamo diz “os democratas não usam as oportunidades que têm de dirigir o Estado para enriquecimento ilícito dos membros das suas famílias nem tão pouco para cobrar comissões chorudas aos investidores nacionais e estrangeiros.”
Diz ainda que em democracia há separação entre o Estado com partidos “os que governam não devem usar os serviços do Estado para fragilizar os seus adversários com recursos aos aliciamentos de membros de outros partidos.”
“As sociedades democráticas são também um espaço onde as eleições não são apenas periódicas, elas são livres, justas e transparentes, onde os órgãos de gestão eleitoral não estão ao serviço de quem governa”, considera Renamo.

“Discurso manipulador da opinião pública”

Sobre a paridade, o partido de Afonso Dhlakama chama o informe de “manipulador da opinião” ao “afirmar que a paridade significa que os mais de 50 partidos existentes no País devem estar representados nos órgãos eleitorais.”
Para a Renamo, constitui ainda manipulação “constitucionalizar a proporcionalidade” para a constituição dos órgãos eleitorais, e desafia o PR e o que chamou de “seus apaniguados” a indicar o Capítulo e o Artigo em causa.

Paz

No capítulo da Paz, a Renamo diz que contrariamente ao discurso de comprometimento com a paz na prática o Governo e seus membros são contrários à Paz. Para a Renamo não se explica que “pessoas comprometidas com a Paz possam completar 24 sessões de diálogo sem trazer nada de novo que vise trazer tranquilidade e entendimento entre as partes.”

Negociações

“A questão da mediação e observação nacional e internacional afiguram-se necessárias sobretudo desde o dia 17 de Outubro, quando o Governo decidiu usar as forças armadas como meios de combate contra a Renamo e o seu presidente”, reitera a Renamo.
Para o maior partido da oposição, “a internacionalização foi desencadeada pelo Governo ao mandatar o primeiro-ministro pedir apoio da SDAC em Pretória, bem como o ministro da Defesa” quando se reuniu como os adidos militares de alguns países acreditados em Moçambique.



(André Mulungo, Canalmoz)

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