Sociólogo moçambicano diz que levantamentos verificados no país tiveram objectivos limitados e não a mudança de regime.
Manifestações expontâneas com o impacto das que acontecem no Egipto... não seriam possíveis em Moçambique, a menos que fossem convocadas por sindicatos, ou partidos políticos - diz à VOA o sociólogo Egídio Vaz.
O académico moçambicano compara o Egipto com as manifestaçoõs em Moçambique, em Setembro passado e conclui que são de natureza diferente.
Em Moçambique a manifestação dirigia-se ao objectivo básico de protestar contra o custo de vida. No Egipto, as dificuldades do dia-a-dia foram alavanca para exigências da demissão do governo e reforma do regime.
"Comparando... os cidadãos egípcios estão um pouco mais acima do ponto de vista do nivel de exigência do que deve ser o desemprenho do Estado e do tipo de lideres que se pretendem. São exigências que estão para além dos alimentos", afirma o sociólogo.
Do seu ponto de vista, as manifestações em Moçambique, em Setembro passado, "eram um grito para o governo resolver os problemas do povo, o elevado custo de vida. Aqui temos um grito imediato pela resolução de problemas como a pobreza".
Egídio Vaz nota que os acontecimentos do Egipto e da Tunísia alertam África para um nível de cidadania mais elevado, ensinando que "é possivel mudar os presidentes quando eles já não conseguem responder à expectativas do seu povo".
Afirma, ainda, que fica demonstrado pelas manifestações da Tunísia e do Egipto que um povo organizado pode "fazer exigências com sucesso".
O facto de as manifestações moçambicanas não terem progredido para a contestação do regime político tem que ver com o tipo de opinião pública que existe nos dois países.
Em Moçambique, diz Egidio Vaz, seria preciso uma entidade que organizasse os protestos, dando como exemplos partidos políticos e sindicatos - organizações necessárias para dar que expressão e credibilidade a qualquer movimento.
Manifestações expontâneas com o impacto das que acontecem no Egipto... não seriam possíveis em Moçambique, a menos que fossem convocadas por sindicatos, ou partidos políticos - diz à VOA o sociólogo Egídio Vaz.
O académico moçambicano compara o Egipto com as manifestaçoõs em Moçambique, em Setembro passado e conclui que são de natureza diferente.
Em Moçambique a manifestação dirigia-se ao objectivo básico de protestar contra o custo de vida. No Egipto, as dificuldades do dia-a-dia foram alavanca para exigências da demissão do governo e reforma do regime.
"Comparando... os cidadãos egípcios estão um pouco mais acima do ponto de vista do nivel de exigência do que deve ser o desemprenho do Estado e do tipo de lideres que se pretendem. São exigências que estão para além dos alimentos", afirma o sociólogo.
Do seu ponto de vista, as manifestações em Moçambique, em Setembro passado, "eram um grito para o governo resolver os problemas do povo, o elevado custo de vida. Aqui temos um grito imediato pela resolução de problemas como a pobreza".
Egídio Vaz nota que os acontecimentos do Egipto e da Tunísia alertam África para um nível de cidadania mais elevado, ensinando que "é possivel mudar os presidentes quando eles já não conseguem responder à expectativas do seu povo".
Afirma, ainda, que fica demonstrado pelas manifestações da Tunísia e do Egipto que um povo organizado pode "fazer exigências com sucesso".
O facto de as manifestações moçambicanas não terem progredido para a contestação do regime político tem que ver com o tipo de opinião pública que existe nos dois países.
Em Moçambique, diz Egidio Vaz, seria preciso uma entidade que organizasse os protestos, dando como exemplos partidos políticos e sindicatos - organizações necessárias para dar que expressão e credibilidade a qualquer movimento.
Voz da América. Escute a entrevista com Egídio Vaz aqui.
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