Negociações sobre o futuro da democracia em Moçambique
Daqui a 45 dias, as delegações da Frelimo e da Renamo vão encontrar-se pela segunda vez para discutir e definir como será o futuro da democracia no país, através da revisão do Acordo Geral de Paz.
A Frelimo veio assumir publicamente que já está a manter encontros para diálogos com a Renamo, conforme as exigências do líder da Renamo, Afonso Dhlakama, como forma de garantir a democracia em Moçambique. A revisão do Acordo Geral de Paz constitui um dos principais pontos de agenda.
As delegações dos dois partidos têm-se encontrado para discutir este assunto e tentar chegar a consenso.
Desde 2005, quando Guebuza tomou posse, esta é a primeira vez que o seu Governo aceita dialogar com a oposição.
De acordo com o porta-voz da Frelimo, Edson Macuácua, a Comissão Política desta formação partidária já criou, igualmente, a sua comissão de negociação, mas ainda não se conhece a sua composição. Macuácua revelou ainda que as duas delegações já mantiveram um encontro para se atender o pedido da Renamo e de Afonso Dhlakama.
“Quando a Renamo veio pedir negociações, nós dissemos que não aceitamos negociações, mas sim diálogo com eles, porque a Frelimo é um partido que defende a paz e defende ainda que só o diálogo é que pode levar ao consenso e ao desenvolvimento do país”, disse Macuácua, escusando-se, no entanto, a falar dos assuntos discutidos no primeiro encontro, remetendo-nos à Renamo, por ter sido ela “a levantar os assuntos. Não é ético sermos nós a divulgar esses assuntos, por isso, vocês devem falar com eles e, com certeza, eles vos dirão tudo”, sublinhou Macuácua.
Pela natureza do assunto submetido pela Renamo para debate pelas duas delegações, os dois dias de discussão do primeiro encontro não foram suficientes para esgotar os argumentos e chegar-se a consenso.
Assim, uma outra data já foi acordada entre os dois partidos para o segundo encontro, que a Frelimo considera diálogo e não negociação. O mesmo foi marcado para daqui a 45 dias.
Como tudo começou
A decisão de voltar a sentar-se com o partido Frelimo e discutir o Acordo Geral de Paz que vai determinar o futuro da democracia em Moçambique saiu da última reunião da Comissão Política alargada da Renamo, havida entre 29 e 31 de Outubro do ano passado, em Nampula.
Para o efeito, Afonso Dhlakama criou uma comissão de negociação com a Frelimo, através de um despacho assinado a 3 de Novembro de 2010.
A mesma é composta por três membros seniores da “perdiz”, nomeadamente, Alberto José Sabe, Meque Braz e José Ferreira Muivai, a qual detém poderes suficientes para contactar, dialogar e preparar protocolos e acordos a serem assinados pelas duas direcções máximas dos partidos Frelimo e Renamo.
A comissão do partido de Dhlakama tem ainda poderes de contactar organizações internacionais ligadas à democracia em África ou outras de mediação de conflitos do género.
MAGREB deve dialogar e não repreender manifestantes
A Frelimo entende que este caminho (diálogo) é o único a ser seguido por países do Magreb (África branca), que actualmente enfrentam manifestações populares contra os respectivos líderes e regimes políticos. Na opinião da Comissão Política deste partido, a violência só gera violência, por isso, os partidos no poder devem parar de usar a força e repreensão para dispersar os manifestantes.
“Perante as manifestações nalguns países da África do Norte, a Comissão Política da Frelimo condena veementemente o uso da violência para pôr termo às manifestações, porque, como se sabe, a violência gera violência e ceifa vidas humanas”, reiterou Macuácua, sublinhando que a única alternativa ao diálogo é o próprio diálogo, e a única à paz é a própria paz.
Daqui a 45 dias, as delegações da Frelimo e da Renamo vão encontrar-se pela segunda vez para discutir e definir como será o futuro da democracia no país, através da revisão do Acordo Geral de Paz.
A Frelimo veio assumir publicamente que já está a manter encontros para diálogos com a Renamo, conforme as exigências do líder da Renamo, Afonso Dhlakama, como forma de garantir a democracia em Moçambique. A revisão do Acordo Geral de Paz constitui um dos principais pontos de agenda.
As delegações dos dois partidos têm-se encontrado para discutir este assunto e tentar chegar a consenso.
Desde 2005, quando Guebuza tomou posse, esta é a primeira vez que o seu Governo aceita dialogar com a oposição.
De acordo com o porta-voz da Frelimo, Edson Macuácua, a Comissão Política desta formação partidária já criou, igualmente, a sua comissão de negociação, mas ainda não se conhece a sua composição. Macuácua revelou ainda que as duas delegações já mantiveram um encontro para se atender o pedido da Renamo e de Afonso Dhlakama.
“Quando a Renamo veio pedir negociações, nós dissemos que não aceitamos negociações, mas sim diálogo com eles, porque a Frelimo é um partido que defende a paz e defende ainda que só o diálogo é que pode levar ao consenso e ao desenvolvimento do país”, disse Macuácua, escusando-se, no entanto, a falar dos assuntos discutidos no primeiro encontro, remetendo-nos à Renamo, por ter sido ela “a levantar os assuntos. Não é ético sermos nós a divulgar esses assuntos, por isso, vocês devem falar com eles e, com certeza, eles vos dirão tudo”, sublinhou Macuácua.
Pela natureza do assunto submetido pela Renamo para debate pelas duas delegações, os dois dias de discussão do primeiro encontro não foram suficientes para esgotar os argumentos e chegar-se a consenso.
Assim, uma outra data já foi acordada entre os dois partidos para o segundo encontro, que a Frelimo considera diálogo e não negociação. O mesmo foi marcado para daqui a 45 dias.
Como tudo começou
A decisão de voltar a sentar-se com o partido Frelimo e discutir o Acordo Geral de Paz que vai determinar o futuro da democracia em Moçambique saiu da última reunião da Comissão Política alargada da Renamo, havida entre 29 e 31 de Outubro do ano passado, em Nampula.
Para o efeito, Afonso Dhlakama criou uma comissão de negociação com a Frelimo, através de um despacho assinado a 3 de Novembro de 2010.
A mesma é composta por três membros seniores da “perdiz”, nomeadamente, Alberto José Sabe, Meque Braz e José Ferreira Muivai, a qual detém poderes suficientes para contactar, dialogar e preparar protocolos e acordos a serem assinados pelas duas direcções máximas dos partidos Frelimo e Renamo.
A comissão do partido de Dhlakama tem ainda poderes de contactar organizações internacionais ligadas à democracia em África ou outras de mediação de conflitos do género.
MAGREB deve dialogar e não repreender manifestantes
A Frelimo entende que este caminho (diálogo) é o único a ser seguido por países do Magreb (África branca), que actualmente enfrentam manifestações populares contra os respectivos líderes e regimes políticos. Na opinião da Comissão Política deste partido, a violência só gera violência, por isso, os partidos no poder devem parar de usar a força e repreensão para dispersar os manifestantes.
“Perante as manifestações nalguns países da África do Norte, a Comissão Política da Frelimo condena veementemente o uso da violência para pôr termo às manifestações, porque, como se sabe, a violência gera violência e ceifa vidas humanas”, reiterou Macuácua, sublinhando que a única alternativa ao diálogo é o próprio diálogo, e a única à paz é a própria paz.
André Manhice, O País
Nota do José - O que está a ser discutido entre a Renamo e a Frelimo?
A Frelimo condena a violência para pôr termo às manifestações na Líbia.Essa postura também se aplica para manifestações em Moçambique?
A Frelimo já se manifestou, quando saberemos a posição da Renamo e do MDM?
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