Este país está a perder referências em todos os campos. Os nossos patrimónios histórico-culturais estão a desaparecer para dar lugar a lojas e outras casas de comércio e de pasto muitas vezes de carácter duvidoso. Temos agora uma cidade difusa e confusa, infestada por lojecas, algumas com sinais claros de serem barracas melhoradas. Autênticos senta-baixos. Passei há dias pelo Scala, um verdadeiro ex-líbris da capital e do país, dei de caras com uma lojeca de venda de roupa, de acessórios para viaturas e uma pequena “pastelaria”. Paradoxalmente, o nome ainda está lá imponente: Pastelaria Scala. Entretanto, vendem roupa.
Do outro lado da avenida está lá outro ex-líbris, o Continental.
Dizem-me que agora vai passar a banco. O John Orr´s, ali mesmo ao lado, onde os meus pais compraram o meu primeiro fato e sapatos, morreu literalmente. Também virou banco. O Prédio Pott, bom, esse até ardeu, ante a passividade de todos nós e hoje está ali feito ruína, envergonhado de ter sobrevivido ao colonialismo para sucumbir às mãos de quem prometeu promovê-lo. Ao invés de promover esses espaços, removemo-los com toda a sua história e saber.
Preferimos o capital à cultura. É impressionante como nos baldamos para a história e cultura referenciada pelos nossos edifícios. Se na capital é assim, que tal no resto do país?
Há dias um amigo de longa data disse-me que o imponente Cinema Águia em Quelimane virou uma ruína. Espantoso.
Do outro lado da avenida está lá outro ex-líbris, o Continental.
Dizem-me que agora vai passar a banco. O John Orr´s, ali mesmo ao lado, onde os meus pais compraram o meu primeiro fato e sapatos, morreu literalmente. Também virou banco. O Prédio Pott, bom, esse até ardeu, ante a passividade de todos nós e hoje está ali feito ruína, envergonhado de ter sobrevivido ao colonialismo para sucumbir às mãos de quem prometeu promovê-lo. Ao invés de promover esses espaços, removemo-los com toda a sua história e saber.
Preferimos o capital à cultura. É impressionante como nos baldamos para a história e cultura referenciada pelos nossos edifícios. Se na capital é assim, que tal no resto do país?
Há dias um amigo de longa data disse-me que o imponente Cinema Águia em Quelimane virou uma ruína. Espantoso.
Leonel Magaia, Notícias. Leia aqui.
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