A corrupção é um problema crescente que frustra o desenvolvimento e priva os pobres de oportunidades de progresso económico e social. Tudo isto é bem sabido.
Menos evidente, contudo, até há pouco, eram os efeitos insidiosos da corrupção no que toca a gerar violência que, não apenas ameaça a viabilidade e a estabilidade dos estados-nação, mas também os pode subjugar.
“ C o n f l i t o , S e g u r a n ç a e Desenvolvimento”, o Relatório de Desenvolvimento Mundial de 2011 do Banco Mundial acabado de publicar, traz nova luz aos velhos e persistentes problemas da má governação, pobreza e violência.
As conclusões do novo relatório são inequívocas e dão-nos uma leitura sombria: Cerca de 1 500 milhões de pessoas vivem em países afectados por violência política e criminosa, causando miséria humana e obstruindo o desenvolvimento;
· Mais de 90% das guerras civis nos anos 2000 ocorreram em países que já tinham experimentado uma guerra civil nos últimos 30 anos; e Coerção e patrocínio podem ser vistos por alguns governos como formas de preservar a estabilidade, mas isto é um erro: corrupção, violação dos direitos humanos e pouca eficácia governamental tornam os países 30% a 40% mais vulneráveis à violência.
As constatações do novo relatório são particularmente pungentes África, onde se encontram 23 países do mundo mais afectados conflitos e com as economias mais frágeis. E o conflito tem um impacto negativo no desenvolvimento.Estimativas preliminares sugerem que o conflito da Costa do Marfim teve um custo superior a 1 000 vidas de homens, mulheres e crianças, deslocou mais outro milhão de pessoas, fez baixar o PIB em 3% a 7%, aumentou a pobreza entre 2,5 a 4 pontos percentuais e criou necessidades orçamentais adicionais num valor entre 4% e 5% do PIB.
Estabelecer instituições sólidas e legítimas e uma governação que proporcione a segurança dos cidadãos, justiça e empregos são cruciais para os ciclos de violência.
O relatório indica que os 20 países mais dinâmicos precisaram, em média, de 17 anos para afastar os militares política, 20 anos para conquistar qualidade no desempenho burocrático e 27 anos para conseguir um controlo razoável da corrupção.
Por outras palavras, o combate à corrupção e à violência é uma tarefa geracional, que exige um esforço sustentado e não é para fracos nem titubeantes. Requer um compromisso resoluto com o aumento da confiança entre cidadãos e estado. Para os governos, significa aceitar, por exemplo, que os partidos no governo, sozinhos, não conseguem resolver com êxito a violência, mas que precisam de criar um envolvimento dos cidadãos e coligações a favor da mudança.
E a criação de confiança requer sinais de corte com o passado, através de resultados e medidas precoces credíveis que, de forma convincente, encerrem compromissos com a mudança. Países como o Gana e Moçambique mostraram que isto é possível.
É por esta razão que Robert B. Zoellick, Presidente do Grupo Banco Mundial,
recentemente referiu que a boa governação não acontecerá sem a participação activa dos cidadãos e é o motivo pelo qual a nova estratégia do Banco Mundial em África tem por alicerce a governação e o reforço das instituições e da capacidade. É por esta razão que os esforços da União Africana para definir um custo superior a 1 000 vidas de e promover “valores económicos e sociais partilhados” e a sua prática são cruciais e merecem apoio. É também este motivo que temos de continuar a medir e promover o progresso, como o faz o Índice Ibrahim de Governação Africana e seus quatro indicadores:
Segurança e Estado de Direito, Participação e Direitos Humanos, Oportunidade Económica Sustentável e Desenvolvimento Humano. Não é uma coincidência que os países afectados por conflitos estejam relegados para o fim do Índice.
Muitas das notícias económicas da África Subsariana são cada vez mais positivas: crescimento pré-crise de cerca de 5% ao ano durante uma década em vários países; redução da pobreza a uma taxa mais acelerada do que em qualquer outro lugar do mundo;e um regresso rápido à expansão económica do período pré-crise em virtude de políticas internas exemplares.
África está agora bem posicionada para o arranque, muito semelhante ao Brasil e Índia algumas décadas atrás, se puder desenvolver os elos estruturais entre segurança dos cidadãos, justiça e empregos na prvenção de conflitos e causando misér ia humana e precisam de criar um envolvimento dos violência e incluir mecanismos para criar confiança entre cidadãos e o estado. África também precisa de reforçar a governação ao mesmo tempo que refreia a corrupção sistémica.
Cidadãos, investidores e o resto do mundo estão atentos.
Precisamos de dizer mais?
Menos evidente, contudo, até há pouco, eram os efeitos insidiosos da corrupção no que toca a gerar violência que, não apenas ameaça a viabilidade e a estabilidade dos estados-nação, mas também os pode subjugar.
“ C o n f l i t o , S e g u r a n ç a e Desenvolvimento”, o Relatório de Desenvolvimento Mundial de 2011 do Banco Mundial acabado de publicar, traz nova luz aos velhos e persistentes problemas da má governação, pobreza e violência.
As conclusões do novo relatório são inequívocas e dão-nos uma leitura sombria: Cerca de 1 500 milhões de pessoas vivem em países afectados por violência política e criminosa, causando miséria humana e obstruindo o desenvolvimento;
· Mais de 90% das guerras civis nos anos 2000 ocorreram em países que já tinham experimentado uma guerra civil nos últimos 30 anos; e Coerção e patrocínio podem ser vistos por alguns governos como formas de preservar a estabilidade, mas isto é um erro: corrupção, violação dos direitos humanos e pouca eficácia governamental tornam os países 30% a 40% mais vulneráveis à violência.
As constatações do novo relatório são particularmente pungentes África, onde se encontram 23 países do mundo mais afectados conflitos e com as economias mais frágeis. E o conflito tem um impacto negativo no desenvolvimento.Estimativas preliminares sugerem que o conflito da Costa do Marfim teve um custo superior a 1 000 vidas de homens, mulheres e crianças, deslocou mais outro milhão de pessoas, fez baixar o PIB em 3% a 7%, aumentou a pobreza entre 2,5 a 4 pontos percentuais e criou necessidades orçamentais adicionais num valor entre 4% e 5% do PIB.
Estabelecer instituições sólidas e legítimas e uma governação que proporcione a segurança dos cidadãos, justiça e empregos são cruciais para os ciclos de violência.
O relatório indica que os 20 países mais dinâmicos precisaram, em média, de 17 anos para afastar os militares política, 20 anos para conquistar qualidade no desempenho burocrático e 27 anos para conseguir um controlo razoável da corrupção.
Por outras palavras, o combate à corrupção e à violência é uma tarefa geracional, que exige um esforço sustentado e não é para fracos nem titubeantes. Requer um compromisso resoluto com o aumento da confiança entre cidadãos e estado. Para os governos, significa aceitar, por exemplo, que os partidos no governo, sozinhos, não conseguem resolver com êxito a violência, mas que precisam de criar um envolvimento dos cidadãos e coligações a favor da mudança.
E a criação de confiança requer sinais de corte com o passado, através de resultados e medidas precoces credíveis que, de forma convincente, encerrem compromissos com a mudança. Países como o Gana e Moçambique mostraram que isto é possível.
É por esta razão que Robert B. Zoellick, Presidente do Grupo Banco Mundial,
recentemente referiu que a boa governação não acontecerá sem a participação activa dos cidadãos e é o motivo pelo qual a nova estratégia do Banco Mundial em África tem por alicerce a governação e o reforço das instituições e da capacidade. É por esta razão que os esforços da União Africana para definir um custo superior a 1 000 vidas de e promover “valores económicos e sociais partilhados” e a sua prática são cruciais e merecem apoio. É também este motivo que temos de continuar a medir e promover o progresso, como o faz o Índice Ibrahim de Governação Africana e seus quatro indicadores:
Segurança e Estado de Direito, Participação e Direitos Humanos, Oportunidade Económica Sustentável e Desenvolvimento Humano. Não é uma coincidência que os países afectados por conflitos estejam relegados para o fim do Índice.
Muitas das notícias económicas da África Subsariana são cada vez mais positivas: crescimento pré-crise de cerca de 5% ao ano durante uma década em vários países; redução da pobreza a uma taxa mais acelerada do que em qualquer outro lugar do mundo;e um regresso rápido à expansão económica do período pré-crise em virtude de políticas internas exemplares.
África está agora bem posicionada para o arranque, muito semelhante ao Brasil e Índia algumas décadas atrás, se puder desenvolver os elos estruturais entre segurança dos cidadãos, justiça e empregos na prvenção de conflitos e causando misér ia humana e precisam de criar um envolvimento dos violência e incluir mecanismos para criar confiança entre cidadãos e o estado. África também precisa de reforçar a governação ao mesmo tempo que refreia a corrupção sistémica.
Cidadãos, investidores e o resto do mundo estão atentos.
Precisamos de dizer mais?
Por Obiagell K. Ezekwesli, Vice-Presidente para a Região África do Banco Mundial, Mo Ibrahum, Presidente da Fundação que oswtenta o seu nome e Jay Naidoo, Presidente da Aliança Global para uma Melhor Nutrição, respectivamente.
Ponto Certo
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