ISTO está mesmo muito mal. Cá entre nós, os problemas nunca têm solução, nunca se resolvem ou mesmo minimizá-los. As lamentações já não ecoam para ninguém. O cidadão comum que se arranje. Quem pode que compre o seu próprio meio de transporte, quem não tem, então que se acotovele com os demais desgraçados. Já que as nossas metrópoles nunca foram feitas para receberem um parque automóvel avultado, o que se começa a ver é que as nossas rodovias andam prenhes de automóveis de todos os tamanhos e feitios.
Maputo, Segunda-Feira, 23 de Maio de 2011:: Notícias
Alguns forasteiros, quando cá escalam, ficam estupefactos, porque o nosso parque automóvel é de se encher o olho, num país conhecido como um dos mais pobres do mundo. Realmente, é curioso, pois, o nosso parque automóvel é bastante rico e de uma luxúria impressionante. Mas as estatísticas dão conta que o nosso país tem enormes dificuldades económicas.
Por outro lado, não há alarme nenhum, pois temos empresários também de luxo, que conseguem sair do país milhões de randes. Isso é sinónimo de que temos uma fartura, não há problema nenhum, choramingamos apenas por uma questão de hábito. O que se questiona é: como é que um empresário consegue sair do país com divisas? Onde está o controlo alfandegário?
Mais uma vez, revelou-se que as nossas fronteiras são frágeis, são vulneráveis a toda uma série de falcatruas próprias das zonas fronteiriças. Tudo quanto se saiba, é que as fronteiras estão minimamente apetrechadas em recursos humanos, aliás, nem é preciso um engenho para se descobrir ou se ver que alguém leva consigo grande quantidade de dinheiro em numerário.
A questão de transportes públicos continua um problema bicudo, embora se assista a um enorme esforço do Executivo moçambicano em tentar minimizar a crise. O que me parece é que a gestão da actual frota é deficiente.
E quem paga a factura da incipiência da gestão dos TPM, por exemplo, é o governo que recebe uma série de impropérios que, ouvidos, até furariam os tímpanos do timoneiros da área dos Transportes no seio do Conselho de Ministros.
Arlindo Oliveira
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