Tuesday 1 November 2016

FMI reafirma que só fará desembolso depois da Auditoria sobre a divida publica

O FMI (Fundo Monetário Internacional), reafirmou ontem em Washington nos Estados unidos que só fará o desembolso a Moçambique depois de ser esclarecida a situação das dívidas as empresas EMATUM, ProIndico e MAM efectuadas com o aval do Estado e sem autorização do parlamento.
 O anúncio do FMI surge dias depois de o governo ter admitido a incapacidade financeira para pagar as próximas prestações das dívidas das empresas públicas com empréstimos ocultos, defendendo uma reestruturação dos pagamentos e uma nova ajuda financeira do Fundo Monetário Internacional.
 O FMI avança que não poderá efectuar nenhum desembolso ao Governo numa situação de insustentabilidade da divida, porem há necessidade de o País sai da situação de insustentabilidade para que possa beneficiar de ajuda do FMI.
 O FMI reiterou ainda que, foi acordado com o executivo Moçambicano que devera-se efectuar a auditoria independente as dividas das empresas através de empresas de auditoria internacionais credíveis de modo a esclarecer a situação da divida a Moçambique.
 Recorde-se muito recentemente o Ministro da economia e Finanças reconheceu em Londres, diante dos Credores que o perfil da dívida pública e garantida pelo Estado Moçambicano não é sustentável.
O Maleiane, revelou a incapacidade de pagamento das dívidas das empresas que realizaram empréstimos escondidos, assumiu que a dívida pública vai chegar a 130% do PIB este ano, revendo deste modo em baixa a previsão de crescimento económico para 3,7%, afirmando também sem rodeios que as métricas da dívida são insustentáveis.
“A depreciação da moeda local exacerbou o aumento do volume de dívida e o custo de servir a dívida; o nível de dívida pública externa e garantida pelo Estado excede os 100% do PIB em 2017; o custo de servir a dívida pública e publicamente garantida, incluindo atrasos nos pagamentos, deve chegar aos 826 milhões de dólares, em média, entre 2017 e 2021, ou seja, aproximadamente 6,9% do PIB por ano”, lê-se na apresentação disponibilizada aos credores.



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