Sunday 13 November 2016

Continuamos mergulhados no pântano da desgraça

Não é preciso pendurar-nos nos relatórios lavrados nos escritórios em Maputo, cujos resultados do estudo dependem do humor e cor partidária dos pseudo-especialistas que vivem numa constante modorra física e produzem os documentos eivados de nada e de nenhuma coisa, para ter a real dimensão da desgrenhada miséria em que vivem centenas de milhares de moçambicanos.
Basta derrubarmos as ameias ideológicas e revestimo-nos de sentimento pelos empobrecidos deste país cinicamente baptizado por “Pátria de Heróis”. Basta abandonarmos o sossego dos nossos lares e andarmos pelo quarteirão vizinho para nos depararmos com a realidade mais obscena sem precedentes. Só não vê que não quer ver.
O estudo do Ministério de Economia e Finanças, recentemente apresentado em Maputo, mostra que a pobreza reduziu no país. Na verdade, essa avaliação não passa de conversa para boi dormir, ou seja, para o inglês ver e aplaudir. Não é novidade para os moçambicanos que o desempenho do Governo de Frelimo, desde a Independência, é uma verdadeira vergonha de proporções astronómicas. Pouco ou quase nada foi feito.
É, diga-se, inaceitável que um país rico em recursos naturais e minerais a maior parte da população tenha a sua barriga torturada pela fome todos os dias. Se o Governo da Frelimo será recordado por ter levado o povo moçambicano a desgraça.
Em 41 anos de Independência, não há resultados satisfatórios. Todos os dias assistimos a politiquices. O Governo da Frelimo deve avançar muito mais com ideias e acções concretas para, por exemplo, reduzir substancialmente a pobreza absoluta, além de mostrar transparência na sua governação. É claro que assistimos aos investimentos públicos e privados e um crescimento ligeiro da economia, mas isso não se traduziu na redução da pobreza, em mais postos de trabalho, em mais hospitais, escolas, estradas…e sobretudo no prato das famílias moçambicanos.
É, portanto, mais sensato acreditar que Jesus Cristo foi baptizado no rio Zambeze do que na redução da pobreza em Moçambique e na capacidade e vontade deste Governo em melhorar a situação deste país.


A Verdade

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