Wednesday 2 November 2016

CPLP/Cimeira: Nova visão estratégica pretende apostar na economia e facilitar circulação de pessoas

A nova Visão Estratégica da CPLP, que define as prioridades da organização para a próxima década, prevê apostar na economia, nomeadamente energia e turismo, facilitar a circulação no espaço lusófono e orientar a cooperação para o desenvolvimento sustentável.
A Nova Visão Estratégica da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) foi aprovada hoje na XI conferência de chefes de Estado e de Governo, em Brasília, e define como principais apostas a “cooperação económica e empresarial, segurança alimentar e nutricional, energia, turismo, ambiente, oceanos e plataformas continentais, cultura, educação e ciência, tecnologia e ensino superior”.
O documento prevê ainda o reforço dos mecanismos para facilitar a circulação de pessoas dentro do espaço lusófono.
Entre as prioridades, está também alinhar a cooperação na comunidade lusófona com os Objectivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e reforçar a cooperação com os países que têm estatuto de Observador Associado da CPLP (Hungria, República Checa, Eslováquia, Uruguai, ilha Maurícia, Namíbia, Senegal, Turquia, Japão e Geórgia).
A nova estratégia passa também por promover um maior envolvimento da sociedade civil nas actividades da comunidade, reforçar a cooperação multilateral e promover a igualdade de género e consolidar o português “como língua de comunicação global, língua de conhecimento e língua de negócios”.
Ainda em relação à língua, a nova visão pretende “valorizar o potencial das diásporas da CPLP e das comunidades situadas noutros países e regiões do mundo, que preservam a influência da língua portuguesa e partilham laços históricos e culturais com os países da organização”.
Os chefes de Estado e de Governo justificam a nova visão estratégica com as “alterações ocorridas na conjuntura político-económica no âmbito mundial e as mudanças internas nos Estados-membros”, havendo por isso a necessidade de “intervenção em novas dimensões”, valorizando o papel dos países lusófonos na “promoção da paz, da estabilidade e da segurança internacional, e no processo de desenvolvimento económico e social”.
Os líderes lusófonos consideram ainda que “a integração dos países-membros da CPLP em diferentes regiões do mundo, a existência de uma extensa área marítima, o considerável potencial económico e estratégico representado pelo mar, as perspectivas favoráveis no domínio energético e a diversidade cultural” da CPLP são “um importante património comum que deve ser continuamente valorizado e potenciado em benefício da comunidade”.
Integram a CPLP Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.




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