Mas as missões internacionais de observadores têm opinião diferente e consideram que as eleições foram credíveis, apesar de vários incidentes – incluindo um que provocou a morte de um jovem de 15 anos, na Ilha de Moçambique.
“Temos um universo de 17 mil mesas de votos. É preciso saber em quantas mesas de votos é que houve distúrbios, ou uma situação que pudesse perturbar o livre exercício dos direitos dos cidadãos”, disse, citado pela Lusa, o chefe da missão da CPLP-Comunidade de Países de Língua Portuguesa, Pedro Pires, antigo Presidente de Cabo Verde. “Do nosso ponto de vista, o número de casos é extremamente reduzido. E se nós compararmos o número de casos com o número de mesas de votos, havemos de chegar à conclusão que é inexpressivo”, acrescentou.
A União Africana considerou o escrutínio “globalmente pacífico e livre” e a missão da SADC- Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral também concluiu que as eleições foram “geralmente pacíficas, transparentes, livres, honestas e credíveis”. A chefe da missão desta organização, a ministra sul-africana dos Negócios Estrangeiros, Maite Nkoana-Mashabane, apelou aos partidos para “utilizarem todos os procedimentos legais” para contestarem o que consideram ter corrido mal.
Logo na quinta-feira, a responsável dos observadores da União Europeia, Judith Sargentini, disse que a consulta correu globalmente bem. “Notámos algumas irregularidades, mas diria que, no conjunto, até ao momento do encerramento [das urnas], correu bem.”
Confortado pelas declarações, o porta-voz da Frelimo, Damião José, declarou que os observadores internacionais “estarão em condições de dizer se o que a Renamo diz é verdade ou não”.
Dados divulgados esta sexta-feira pelo Secretariado Técnico de Administração Eleitoral indicam que quando estavam contados os boletins de um terço das mais de 17 mil mesas de voto, Nyusi tinha 61,67 %, seguido de Dhlakama, 30.89 %, e Daviz Simango,7.44 %.
Projecções divulgadas na quinta-feira pelo Observatório Eleitoral, que reúne entidades da sociedade civil, indicam que Nyusi será eleito com 60,5%. Os seus adversários teriam, respectivamente, 32% e 7,5%. Nas legislativas, a estimativa é de 58% para a Frelimo, 29,5% para a Renamo e 10,4% para o MDM, de Simango.
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