O discurso xenófobo e anti-estrangeiro, discretamente acarinhado nos círculos oficiais, previne o país de se abrir à globalização e ao desafio de competências e habilidades, como acontece noutras latitudes. É o mercado fechado e hostil à competitividade que permite o absurdo de um técnico médio, de duvidosas competências e capacidades, exigir dois mil dólares e viatura 4x4 para trabalhar em Montepuez ou Marrupa. Por um quarto do salário, o mesmo trabalho pode ser feito por alguém da Índia ou do Brasil. Mais subversivo. Se houver essa possibilidade, mais e mais moçambicanos estariam a caminho dos distritos para disputar trabalho e emprego.
Machado da Graça, Savana, 02-01-09.
2 comments:
O mundo anda assim. Aqui na Holanda vamos todos pagar a 'falência' do FORTIS (banco holandês e belga), o antigo ministro das finanças Zalm, vai ter que salvar esta situação, mas ele foi uma das causas do colapso. Ok queriam ficar mais ricos especulando. Mas que receba 300.000 euros por ano para salvar esta situação é que não faz sentido. Mandem para cá um indiano ou chinês que tenha ética!
Este mundo globalizado já não há fronteiras e por isso protege-se quem não mereçe.
Não é racismo, é protecionismo.
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