Sunday 2 February 2014

Diálogo: Renamo “abre” mão de observadores internacionais

O diálogo político entre o Governo moçambicano e a maior força de oposição do país, Renamo, começa a registar avanços significativos. Este sábado, numa ronda extraordinária, para além de identificarem cinco figuras nacionais para integrá-las nas sessões como observadores/mediadores, reiniciaram o debate do pacote eleitoral que, durante mais de 20 rondas, foi a razão de impasse.
Os nomes das aludidas figuras não foram avançados, pois ainda deverão ser consultadas sobre a sua disponibilidade para essa tarefa. No entanto, essa medida deixa claro que a Renamo desistiu da sua exigência, sempre recusada pelo Executivo, de incluir personalidades internacionais no diálogo. Mesmo assim, de acordo com o chefe de delegação da Renamo, Saimone Macuiane, as partes acordaram deixar um espaço aberto para cidadãos nacionais e internacionais ou instituições que possam dar a sua contribuição para que as negociações tenham sucesso.
Nas rondas anteriores, a equipa de Afonso Dhlakama havia proposto o líder religioso Dom Dinis Sengulane e o reitor Lourenço do Rosário, que foram aceites pelo Governo. Propôs também, em correspondência que não foi respondida pelo Executivo, o constitucionalista Gilles Cistac.
Nesta ronda extraordinária, as partes avançaram também em relação aos termos de referência que estabelecem o papel dos observadores/mediadores. “Conseguimos também aprovar os termos de referência que irão reger o trabalho destas personalidades junto à mesa de diálogo com as delegações”, informou Macuiane em conferência de imprensa após o encontro.

Pacote eleitoral
Sobre o pacote eleitoral cujo debate foi reintroduzido hoje, as partes não avançaram as matérias que foram, efectivamente, debatidas. A Renamo afirmou ter apresentado algumas propostas sobre as quais o Governo deverá trazer resposta nas próximas rondas. Ambas as delegações garantem estarem empenhadas em alcançar consenso o mais rápido possível com vista à submissão, pela Renamo, da proposta de revisão da legislação eleitoral à Assembleia da República .



A Verdade

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