Friday 13 September 2013

Renamo anuncia questões a abordar no encontro Guebuza-Dhlakama

A Renamo quer que no encontro entre o seu líder, Afonso Dhlakama, e o Presidente moçambicano, Armando Guebuza, se discutam assuntos relacionados com a defesa, segurança e democracia multipartidária.
Fernando Mazanga, Porta-voz deste partido, o maior da oposição em Moçambique, disse hoje, em Maputo, que a democracia multipartidária assente em leis democráticas e de justiça social “é a estrada para a paz e harmonia social”.
Falando em conferência de imprensa, Mazanga indicou que a expectativa da Renamo é sentar se a mesa para se tratar de assuntos que garantam a democracia multipartidária. Para Mazanga, a democracia no país reside numa legislação eleitoral “consentânea com a realidade moçambicana”.
Guebuza dhlakamaHá já algum tempo que a Renamo exige ao Governo para forcar a alteração do pacote eleitoral por forma a acomodar a sua pretensão de partidarizar os órgãos eleitorais, mesmo sabendo que a missão legislativa 'e do parlamento onde esta mesma formação politica tem 51 lugares.
Mazanga acrescentou que a Renamo quer ver esclarecida a questão da defesa e segurança, sugerindo que estas matérias fossem aprofundadas por técnicos de ambas partes, antes do almejado “frente-a-frente”.
Na ocasião, Mazanga acusou o governo moçambicano de se precipitar quando defende o desarmamento dos homens armados deste antigo movimento de resistência militarizada.
“Esperamos que a lição de Muxunguè seja uma ilação para o governo entender que a Renamo não faz guerra porque não quer guerra, quer a paz, quer a democracia multipartidária e desenvolvimento do país”, afirmou Mazanga.
Ele fez saber que o líder da Renamo, Afonso Dhlakama, reconhece que Maputo é, por lei, a capital do país, mas “não pode ser entendido como o único lugar capaz de acolher todos os eventos de interesse nacional”.
Mazanga referia-se claramente a recusa do líder da Renamo em se deslocar a Maputo para se encontrar com o presidente Guebuza, alegando questões de segurança.

A Renamo já chegou a exigir a retirada das forças de defesa e segurança das proximidades de Santugira, onde Dhlakama se encontra aquartelado, como pré-condição para ele se deslocar a Maputo.

(RM/AIM)

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