Friday 20 September 2013

Dhlakama cria nova equipa para debater defesa e segurança com Governo

               
 
Tensão política

·       Dhlakama quer que a sua nova equipa prepare o encontro com o PR e defende que um dos principais pontos da agenda é a partidarização das forças de segurança e defesa

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A comissão será dirigida pelo antigo secretário-geral da Renamo, Momad Ossufo, actualmente à frente do Departamento de Segurança do partido
O presidente da Rena­mo, Afonso Dhlakama, criou, esta semana, uma comissão composta por seis an­tigos guerrilheiros e um jurista para discutir com o Governo assuntos ligados à defesa e segu­rança.
Dhlakama quer que a sua nova equipa prepare o encontro entre si e o Presidente da República, Armando Guebuza, defendendo que um dos principais pontos da agenda é a partidarização das forças de segurança e defesa.
A comissão será dirigida pelo antigo secretário-geral da Rena­mo, Momad Ossufo, actualmen­te à frente do Departamento de Segurança do partido.
Os outros membros são Man­dava Meque, José Manuel, Antó­nio Muzorewa, Raimundo Taio e Renato Martins. O grupo será assistido juridicamente por Eze­quiel Gusse.
O líder da Renamo diz que a maior preocupação do partido é encontrar soluções concretas e definitivas para pôr termo ao ambiente de instabilidade no país.
Dhlakama explica que a sua equipa não irá substituir a dele­gação que tem mantido encon­tros com o Governo, afirmando que tratarão apenas de assuntos ligados à defesa e segurança, com vista a simplificar o encon­tro com o Presidente da Repú­blica.
“Os moçambicanos não po­dem continuar reféns de dois partidos políticos, nomeada­mente a Frelimo e a Renamo. O país está a viver momentos conturbados desde princípios de Abril, facto que está a contribuir para retardar a nossa economia, contribuindo, assim, para per­petuar ainda mais o sofrimento dos moçambicanos. Eu, Afonso Dhlakama, já disse e volto a di­zer que estou disposto a um di­álogo frontal com o Presidente da República, seja onde for, para ultrapassarmos esta crise o mais rápido possível”.
Dhlakama quer que no encon­tro entre os especialistas milita­res do Governo e do seu partido seja clarificada qual é a função das FADM, da FIR e da PRM.
“O governo de Guebuza terá de explicar claramente quem faz o quê, ou seja, qual é a fun­ção de cada uma destas forças. Os moçambicanos não podem continuar a pagar impostos para alimentar supostas forças de segurança e de manutenção da ordem quando estas mesmas forças são as primeiras a criar instabilidade no país; quando estas forças maltratam os mo­çambicanos para satisfazer às vontades de um grupo de pesso­as, neste caso a Frelimo. A FIR, por exemplo, foi criada ilegal­mente. Precisamos pôr termo a esta ilegalidade e garantir que a PRM e as FADM garantam a segurança de Estado e não dos ´camaradas´. É isto que preten­demos discutir com Guebuza e seus especialistas”.


 

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