Moçambique está a correr o risco de ficar sem oposição efectiva. Teremos, apenas, partidos que lutam pela sua sobrevivência estomacal, repetindo discursos governamentais de combate à pobreza. Outros desmoronam-se, fustigados por intrigas das mais bizarras inventadas pelos que temem qualidade e, de modo fraternal, acobertadas pelas lideranças. O clima que se vive na cidade da Beira é produto de mentiras, intrigas à mistura com medo de ser suplantado na liderança. A qualidade, integridade e a boa governação têm o seu preço num país de malandros e mafiosos que se conduzem pelo princípio do vale tudo.
Não acreditamos que seja sempre o partido Frelimo a instigar intrigas nas hostes da oposição. Pelo menos uma vez, o então presidente da Frelimo, Joaquim Chissano, encorajou o seu irmão, Dhlakama, a expulsar Raul Domingos, alegando que estaria a pedir dinheiro, fugindo do tema em discussão. A manobra de Chissano faz parte do jogo político. Dhlakama tem culpa por ter mordido a isca envenenada. Digeriu a fofoca e atirou-se contra o seu colega, expulsando-o do partido. Chissano, politico hábil, não tem culpa nisso. Dhlakama, muito vulnerável às intrigas, não ponderou, sacou Domingos do partido, de forma pouco clara.
Não temos dúvidas sobre o papel importante jogado pela Renamo na democratização do País, tão pouco nos atrevemos a pôr em causa a competência de Afonso Dhlakama na derrota das forças governamentais e derrocada do sistema comunista, no nosso país. Espanta-nos bastante que, desde 1994, a Renamo e o seu líder não tenha ainda alcançado o poder. A Renamo está cada vez mais enfraquecida, distante das bases. Dhlakama sente-se bem com o título de líder da oposição, como se fosse um posto que pretende preservar como uma relíquia. Se a luta da Renamo era para ser oposição, então, para nada valeu tanto sacrifício.
Nas eleições de 1994, o líder da Renamo cometeu um erro grave: anunciou sua desistência e do seu partido a meio da votação. O descalabro não foi maior pela incapacidade dos órgãos de comunicação social que não atingem todo o território e a incredulidade dos simpatizantes da perdiz que não deram crédito às palavras de Dhlakama. Em 1999, a Renamo não chegou ao poder pela sua ineficiência, falta de visão e ausência de agressividade. Não se pode queixar de abstenção. O povo está cansado com a Frelimo e deseja dispensá-la, porém, isso não é possível porque a Renamo não está disponível para assumir o poder.
A falta de trabalho de base, a inconsistência do líder que, de manhã, diz uma coisa e, a tarde, afirma outra que contraria o que havia falado. O sim e o não confundem-se. O povo não confia em dirigente incapaz de cumprir a sua palavra. O voto é uma arma que não deve ser desperdiçado depositando em dirigentes sem palavra. O País está ficando sem oposição eficiente. Dhlakama, sempre, se atira ao chão quando está para cortar a meta, para perder a competição. Quem patrocina a Dhlakama?
Não acreditamos que seja sempre o partido Frelimo a instigar intrigas nas hostes da oposição. Pelo menos uma vez, o então presidente da Frelimo, Joaquim Chissano, encorajou o seu irmão, Dhlakama, a expulsar Raul Domingos, alegando que estaria a pedir dinheiro, fugindo do tema em discussão. A manobra de Chissano faz parte do jogo político. Dhlakama tem culpa por ter mordido a isca envenenada. Digeriu a fofoca e atirou-se contra o seu colega, expulsando-o do partido. Chissano, politico hábil, não tem culpa nisso. Dhlakama, muito vulnerável às intrigas, não ponderou, sacou Domingos do partido, de forma pouco clara.
Não temos dúvidas sobre o papel importante jogado pela Renamo na democratização do País, tão pouco nos atrevemos a pôr em causa a competência de Afonso Dhlakama na derrota das forças governamentais e derrocada do sistema comunista, no nosso país. Espanta-nos bastante que, desde 1994, a Renamo e o seu líder não tenha ainda alcançado o poder. A Renamo está cada vez mais enfraquecida, distante das bases. Dhlakama sente-se bem com o título de líder da oposição, como se fosse um posto que pretende preservar como uma relíquia. Se a luta da Renamo era para ser oposição, então, para nada valeu tanto sacrifício.
Nas eleições de 1994, o líder da Renamo cometeu um erro grave: anunciou sua desistência e do seu partido a meio da votação. O descalabro não foi maior pela incapacidade dos órgãos de comunicação social que não atingem todo o território e a incredulidade dos simpatizantes da perdiz que não deram crédito às palavras de Dhlakama. Em 1999, a Renamo não chegou ao poder pela sua ineficiência, falta de visão e ausência de agressividade. Não se pode queixar de abstenção. O povo está cansado com a Frelimo e deseja dispensá-la, porém, isso não é possível porque a Renamo não está disponível para assumir o poder.
A falta de trabalho de base, a inconsistência do líder que, de manhã, diz uma coisa e, a tarde, afirma outra que contraria o que havia falado. O sim e o não confundem-se. O povo não confia em dirigente incapaz de cumprir a sua palavra. O voto é uma arma que não deve ser desperdiçado depositando em dirigentes sem palavra. O País está ficando sem oposição eficiente. Dhlakama, sempre, se atira ao chão quando está para cortar a meta, para perder a competição. Quem patrocina a Dhlakama?
(Edwin Hounnou, em A Tribuna Fax, com a data de 13/10/08)
NOTA: Um artigo extremamente importante, fica explicada a razão da crise na Beira e confirma-se o que o Povo sabe: a Renamo não ambiciona o Poder, fica feliz sendo apenas Oposição.
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