Monday 27 October 2008

Falsos juristas ensombram Renamo

As bases da Renamo negam ser reféns de Afonso Dhlakama que engana seus amigos e dribla quem o rodeia. As bases não são um rebanho do líder. A teoria dos bastiões vai cair por terra. Nós reconhecemos o papel histórico fundamental por ele desempenhado na luta contra o regime comunista. Por esse feito, rendemos-lhe a nossa mais profunda homenagem. Mas, não podemos assistir, mudos, Dhlakama a destruir a Renamo, um património do povo, em benefício pessoal, desprezando os sacrifícios consentidos pelos que derramaram o seu sangue na luta pela democracia.
As perdizes de Dhlakama insistem no absurdo, alegando que o ministro da Administração Estatal, Lucas Chomera, é ilegítimo para responder à impugnação ao mandato do edil da Beira, Daviz Simango, solicitada pela Renamo, desqualificando-o da corrida eleitoral. Chomera agiu bem ao indeferir a reclamação da Renamo e considerando o assunto encerrado. O Governo está de parabéns ao recusar embarcar na canoa da Renamo.
Os falsos juristas da Renamo estão a reclamar um litígio eleitoral, por isso, deveriam dirigir a sua reclamação ao Conselho Constitucional e não ao Governo, por ser parte interessada no assunto. A maldade é tanta que até batem a porta errada!
Dhlakama está decidido a entregar o município da Beira à Frelimo. Ao trocar, de repente, violando os estatutos do partido, Daviz Simango por Manuel Pereira, o líder da perdiz deu sinal de que está a seguir uma agenda contrária da que propala em público, como seja democracia e equilíbrio político. Está a cometer um erro histórico grave. Quem permite o retorno ao sistema monopartidário é Dhlakama com a sua maneira de não fazer política.
A Renamo alega que o suporte para a candidatura de Simango é distinto do que o elegeu ao cargo de presidente do município, é falso e prenhe de ignorância jurídica. Procedendo tal argumento, pode levar a um descalabro eleitoral generalizado, porquanto, como consequência lógica, os presidentes dos municípios de Angoche, Ilha de Moçambique, Nacala, Marromeu e todos os membros das assembleias municipais eleitos pela Renamo- União Eleitoral, RUE, perderiam, de imediato, os seus mandatos.
Manuel dos Santos, de Nacala; Alberto Omar, de Angoche; Gulamo Mamudo, da Ilha de Moçambique; e João Germano, de Marromeu, foram eleitos pela RUE. Agora, são propostos pela Renamo, portanto, uma entidade distinta da que os elegeu para os presentes mandatos. Porquê esses não perdem seus mandatos? Todos os membros das assembleias municipais pela RUE constam, para o próximo mandato, da lista da Renamo. Pela lógica dos falsos especialistas da perdiz, esses teriam que ser girados e interditos de concorrer para a legislatura de 2009-2013.
Mais uma vez, alertamos a Dhlakama que o seu candidato, Manuel Pereira, não tem qualquer hipótese de ganhar, na Beira. É melhor desistir da peleja antes que seja humilhado. O líder ainda vai a tempo de se reconciliar com a Beira, apelando a um massivo voto para a Renamo e Simango.
(Edwin Hounnou, em A TribunaFax de 27 de Outubro de 2008 )

2 comments:

Nelson said...

Engana-se quem pensa que 'e a Renamo esta nteressada na legalidade. Quer aoenas ferar a Deviz. Por ter a certeza que a Frelimo tambem esta interessada em colocar Deviz fora da corrida eleitoral foi por isso que recorrerao a Chomera de quem esperavam uma resposta favoravel. Coitadinhos. Tiveram uma bela supresa.Agora desqualificar Chomera nao faz sentido pois se o acham sem competencia porque buscaram sua ajuda em primeiro plano?

JOSÉ said...

Amigo Nelson, é deprimente assistir às jogadas baixas de um Partido que se diz democrático, mas temos de entender que estas são manobras de desesperados.
O Povo da Beira saberá dar a resposta certa no dia 19 de Novembro, já me preparo para comemoras a vitória de Daviz Simango!
Aquele abraço!