Tuesday 7 June 2016

Restaurantes comunitários para combater desnutrição em Moçambique

Um projeto de restaurantes comunitários para combater a desnutrição em Moçambique está a ser desenvolvido para melhorar a qualidade de vida dos cidadãos pobres, criando hábitos alimentares saudáveis nos centros urbanos do país, anunciou hoje o gabinete da primeira-dama.
O projeto foi apresentado por Isaura Nyusi em Maputo, durante o primeiro seminário para a implantação do projeto de restaurantes comunitários, e tem parceria do Banco Mundial, Programa Mundial de Alimentação e Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura.
"Julgamos que esta é mais uma via para combater a pobreza no país", declarou Isaura Nyusi, lembrando que Moçambique é o primeiro da região austral de África a implementar o projeto.
O projeto, que também é apoiado pelo Brasil, terá uma fase piloto de três anos, nos quais o primeiro será destinado aos estudos de viabilidade e os restantes à implementação.
De acordo com o embaixador do Brasil em Moçambique, Rodrigo Soares, além de melhorar a qualidade de alimentação das populações, a iniciativa vai servir para estimular a agricultura familiar, contribuindo para o desenvolvimento das zonas rurais.
"Estou certo que seremos capazes de superar os desafios de projeto, dando mais passos no combate à pobreza em Moçambique", afirmou o diplomata, observando que, à semelhança do que aconteceu no Brasil, o sucesso deste projeto está garantido.
O seminário que começou hoje em Maputo junta quadros do Governo moçambicano e especialistas estrangeiros da área de alimentação durante três dias para debater métodos de aplicação do projeto.
De acordo com um estudo do Observatório do Meio Rural, divulgado recentemente em Maputo, um terço das famílias em Moçambique sofrem de insegurança alimentar crónica, uma situação que tem na pobreza uma das principais causas.
Segundo a pesquisa, 48 por cento das crianças são afetadas pela desnutrição crónica, sendo a camada mais atingida da população, sobretudo nas regiões mais isoladas do país.




Lusa

No comments: