Tuesday 14 June 2016

MOÇAMBIQUE ALMEJA REDUZIR DESNUTRIÇÃO CRONICA EM 20 POR CENTO

O Ministério da Saúde (MISAU) almeja reduzir, até 2020, a prevalência da desnutrição crónica em Moçambique para 20 por cento, através da implementação de várias medidas preventivas dentro dos diversos sectores de desenvolvimento.
Para o efeito, foi oficialmente lançada hoje, em Maputo, a Estratégia de Comunicação para a Mudança Social e de Comportamento para a Prevenção da Desnutrição em Moçambique, que proporciona uma base comum que orienta a implementação harmonizada de programas com vista a prevenir a desnutrição.
O público-alvo da estratégia, que está em consonância com o Plano de Acção Multissectorial para a Redução da Desnutrição Crónica em Moçambique (PAMRDC), consiste nas mulheres em idade reprodutiva, incluindo mulheres grávidas e lactantes, as crianças de dois anos de idade.
Os dados resultantes do Inquérito Demográfico de Saúde (IDS) de 2011, relativos a questão da desnutrição crónica, estimam em 43 por cento a sua prevalência em crianças menores de cinco anos de idade, enfermidade que está estreitamente correlacionada ao estado nutricional das respectivas mães. 
No sentido de reverter o cenário actual, O sector vai, dentre as várias prioridades identificadas, intensificar as acções em intervenções consideradas prioritárias, que vão desde o alienamento materno, alimentação da mulher grávida, promoção do sal iodado, bem como a suplementação com a vitamina “A”, onde se espera lograr alguns resultados encorajadores.
A Ministra da Saúde, Nazira Abdula, que presidiu o acto de lançamento da estratégia, disse que o investimento na nutrição resulta em benefícios socioeconómicos à nação como o aumento do potencial efectivo na capacidade intelectual e produtiva das pessoas.
Reduzem os recursos que o sector da saúde emprega no tratamento da desnutrição para aplicação em outras necessidades; propiciam o aumento da frequência à escola, melhoria do desempenho da criança e dos resultados dos investimentos na educação”, disse Abdula.
O combate a desnutrição, segundo a ministra, também concorre para diminuir a incidência de doenças não-transmissíveis e, por conseguinte, reduzir o número de dias de trabalho perdidos devido à morbilidade.
A estratégia, segundo a fonte, visa unificar e harmonizar os conteúdos informativos a serem disseminados a todos os níveis, com o intuito de mobilizar, encorajar e incentivar a sociedade para uma mudança social e de comportamento através de boas práticas de saúde e de nutrição.
Esperamos que este instrumento sirva de orientação para o desenvolvimento de programas de comunicação e ultrapasse as barreiras e desafios existentes quando falamos em comunicação para a saúde e principalmente na área de nutrição”, sublinhou a ministra.
A estratégia ora lançada oferece as bases necessárias para a planificação de actividades de comunicação, seguindo um processo que permite examinar diversos níveis de influência sobre as mensagens-chave a transmitir, de modo a gerar a mudança necessária à melhoria da nutrição. 
Os níveis de desnutrição crónica variam pelo país, mas nas províncias de Cabo Delgado, Niassa, Nampula (norte) e Zambézia e Tete (centro) a atenção será especial devido aos indices elevados ainda registados. A região sul está em melhores condições comparada as outras mas é preciso atacar a problemática porque o quadro situacional não deixa de ser preocupante.
O MISAU formará grupos técnicos que vão descer aos distritos para replicar a mensagem aos promotores de saúde, líderes comunitários, religiosos e políticos de maneira que comecem a comunicar sobre o tema da nutrição de maneira adequada e usando mensagens de acordo com a audiência.




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